Secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia

Por O Dia
Rio - O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, durante a vacinação desta quarta-feira de profissionais portuários e aeroviários, falou sobre a polêmica da Copa América. A cidade do Rio foi colocada como uma das sedes. De acordo com Soranz, não houve consulta formal feita pela Conmebol à Prefeitura sobre as partidas e governo municipal se manterá rigoroso quanto a presença de torcedores nos estádios da Capital. 
"A gente não teve nenhuma consulta formal sobre isso. As regras são claras e são colocadas para todos. Nós temos o nível de transmissão alto, é permitido jogos sem público e a gente vai ser bastante rigoroso em relação a isso", esclareceu Soranz.
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A polêmica da decisão
Nesta terça-feira, o presidente da República Jair Bolsonaro, anunciou que o Brasil irá sediar a Copa América, torneio de futebol que irá começar no dia 13 deste mês. Após a desistência da Argentina e da Colômbia, o Brasil foi o terceiro escolhido pelos organizadores como sede do evento esportivo. 
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Logo em seguida, Bolsonaro confirmou os estados que serviriam de palco para as partidas, que seriam sem público, e o Rio de Janeiro entrou na lista. As cidades de Brasília (DF), Cuiabá (MT) e Goiânia (GO) também receberão o campeonato.
O governador do Rio, Cláudio Castro, não se opôs à realização do torneio no estado e afirmou que, seguindo as medidas sanitárias vigentes, a copa poderá ser realizada da mesma forma que outros eventos como a Libertadores.
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A decisão teve grande repercussão, o que levou a Prefeitura do Rio a se pronunciar e fazer um alerta para o alto nível de contágio pela Covid-19 na cidade. "A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro tem a responsabilidade de esclarecer que a situação epidemiológica do Município está em risco alto para a transmissão da Covid-19, por isto requer cautela para a liberação de eventos esportivos de grande porte com a presença de público, em razão do potencial impacto causado pelo potencial de aglomeração na entrada e saída e deslocamento de pessoas. Por esse motivo, o Decreto Rio 48.425, 2021 suspende a realização de eventos esportivos com a presença de público em estádios e ginásios", dizia à nota enviada à imprensa.
Além disso, o FIFPro, sindicato que representa jogadores profissionais de futebol a nível mundial, também demostrou preocupação diante da decisão de realocar a sede da Copa América para o Brasil e chamou a atenção para 'o alarmante número de casos de Covid-19' no país. A organização declarou que irá apoiar totalmente qualquer jogador que decidir desistir do torneio por razões de saúde e segurança. 
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"A FIFPRO tem sérias preocupações com o processo de realocação da Copa América e com o planejamento tardio que fez com que um novo anfitrião fosse alocado poucos dias antes do início do torneio. Além de ser curto prazo, o host alternativo está lidando com um número alarmante de casos COVID-19. Realizar um torneio nessas circunstâncias requer uma preparação avançada extremamente boa. Portanto, esta decisão pode ter sérias implicações para a saúde dos jogadores de futebol profissionais, funcionários e público em geral. Junto com outras partes interessadas do futebol internacional, a FIFPRO deixou claro, desde o início da pandemia COVID-19, que a saúde pública e a segurança devem ser a prioridade absoluta para a indústria do futebol, especialmente durante estes tempos extraordinários", dizia parte do comunicado veiculado pelo órgão.
Atualmente, o Brasil está na marca dos 465 mil mortos e 16,6 milhões casos confirmados de Covid-19.
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