Henry Borel, de 4 anos, morreu com diversas lesões pelo corpo
Henry Borel, de 4 anos, morreu com diversas lesões pelo corpoREPRODUÇÃO
Por O Dia
Rio - Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, que morreu com lesões e sinais de hemorragia, prestou depoimento na 16ª DP (Barra da Tijuca) e contou que o filho estava caído no chão do quarto do casal após ter passado mal, enquanto ela e o namorado estavam assistindo televisão em outro cômodo da casa. Ela contou que acordou por volta das 3h30 com o barulho da TV ligada e encontrou o filho caído. Henry é filho de Monique Medeiros da Costa Almeida, namorada do vereador do Rio Dr. Jairinho (Solidariedade). O casal passou cerca de 12 horas prestando depoimento na quarta-feira.
O vereador Doutor Jairinho também foi ouvido pela polícia e contou que estava assistindo a uma série no quarto de hóspedes com a mulher para não incomodar o sono do enteado. Segundo o parlamentar, ele estava dormindo à base de remédios, quando Monique foi até o quarto e encontrou Henry caído, com os "olhos revirados e mãos e pés gelados". As informações sobre o depoimento são do RJTV 2, da TV Globo.
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Monique também contou que quando deu banho na criança, não percebeu nenhuma lesão grave, e suspeita que Henry pode ter caído ou tropeçado na poltrona do quarto.

No depoimento, Doutor Jairinho também contou que dirigiu até o hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, enquanto Monique tentava socorrer a criança. Ele também revelou que apesar de ser médico, a última vez que tinha feito massagem cardíaca tinha sido em um boneco, ainda na faculdade. 
Durante o trajeto, de 10 minutos entre a casa deles e o hospital, Monique realizou um procedimento de boca-a-boca, apesar de não saber como fazer a manobra.
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Os pais de Henry se separaram há cinco meses. Passados três, Mônica começou o namoro com o vereador. O menino passava os finais de semana com o pai, que trabalha em Macaé. No último fim de semana, o menino ficou avesso a retornar para a casa da mãe, segundo relatou o advogado do pai ao Dia.
O advogado de Lienel diz que o pai não quer incriminar ninguém pela morte do filho, mas quer saber a verdade. "Queremos saber o que aconteceu. Henry foi entregue às 20h em perfeito estado e às 4h o pai foi informado que a criança estava com suspeita de insuficiência respiratória", afirma o advogado.
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O menino relatava ao pai, o engenheiro Leniel Borel de Almeida, que não gostava do padrasto. As informações são do advogado de Leniel. No último domingo que o pai o devolveu à casa da mãe, no dia 7, o menino vomitou ao chegar na residência. " Ele vomitava quando ficava nervoso", diz o advogado. O pai, segundo a defesa, deve prestar depoimento à polícia na semana que vem.
A Polícia Civil segue com as investigações nesta sexta-feira. 
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Menino sofreu lesões no crânio e contusões 
Henry foi levado pela mãe e pelo padrasto a um hospital particular na madrugada do dia 8 de março, os dois disseram que o menino apresentava dificuldades para respirar. O laudo de exame de necropsia, no entanto, aponta que Henry sofreu diversas lesões, como hematomas, equimoses, edemas e contusões.
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O menino sofreu lesões no crânio, ferimentos internos e hematomas nos membros superiores. O pai de Henry, Leniel Borel de Almeida conta que havia deixado o filho às 19h30 de domingo (7) na casa da mãe, depois de passar o fim de semana com o menino. Às 4h30 da madrugada de segunda-feira (8) ele relata ter recebido uma ligação da ex-mulher dizendo que ela e o vereador Dr. Jairinho teriam encontrado o menino desacordado e "sem respirar" e o socorreram ao hospital.
"Cheguei no hospital e vi o médico em cima do coração do menino perguntando para a mãe o que tinha acontecido. Falaram que houve um barulho, ela foi ver lá o que estava acontecendo, e quando chegou lá o menino estava revirando o olho com dificuldade de respirar. Então assim, o menino está tendo um ataque cardíaco. Teve um ataque cardíaco, alguma coisa.", disse ao RJTV2.
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Leniel também destacou que deixou o menino saudável na casa da ex-mulher e que ainda não conseguiu conversar com Jairinho.
"Eu já pensei que poderia ser um ou outro. Pelo que está no laudo do IML o menino foi machucado. A cama era baixa, então, não tem como qualquer tipo de acidente numa cama baixa, entendeu? Desde o primeiro processo lá no hospital, né, que ele foi embora e até o enterro do meu filho, ele[ Dr.Jairinho] botou uma assessora. Eu só falei com a assessora, não falei com o Jairinho. Depois do enterro, não tive mais contato" desabafou.
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Henry morreu às 5h42 e seu corpo foi removido para o Instituto Médico-Legal (IML) no Centro.