Jairinho está preso pela morte do menino Henry Borel
Jairinho está preso pela morte do menino Henry BorelRenan Olaz/CMRJ
Por O Dia
Rio - Uma ex-namorada do vereador Jairo Souza, o Dr. Jairinho, padrasto de Henry Borel, morto no último dia 8, prestou depoimento e contou que o parlamentar, que é médico, mas nunca exerceu a profissão, dava remédio para ela dormir.
Durante o depoimento no inquérito que trata de supostas agressões cometidas por Jairinho, e que corre paralelo à investigação da morte do menino, ela contou que desconfiou da medicação durante uma viagem.
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Ela contou que ele teria feito isso para poder falar com a ex-mulher. A ex-namorada disse, ainda, que não tomou, mas fingiu dormir, e flagrou o vereador segurando sua filha pelos braços.
Ainda durante depoimento à polícia, a ex-namorada do vereador relatou alguns episódios de agressão:
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. "Afirma que chegou a rasgar sua roupa na rua, especificamente quando a viu chegando em casa vindo de uma 'balada'";
. "Uma vez, quando queria conversar com a declarante e esta se recusou, Jairinho a puxou pela grade do portão da casa da mãe da declarante, o que fez com que batesse seus seios contra a grade";
. "Algumas vezes em que (a filha) estava sozinha com Jairinho este a levava até o carro e dizia coisas como 'você atrapalha a vida da sua mãe', 'a vida da sua mãe ia ser mais fácil sem você'";
. "Dava 'mocas' em sua cabeça e torcia suas pernas e braços (em relação à filha)";
. "Em uma das vezes Jairinho a levou (a filha) a uma piscina e que neste lugar afundava sua cabeça embaixo d'água".
Relembre o caso
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O menino morreu no último dia 8, após ser deixado na casa da mãe, Monique Medeiros, pelo pai da criança, Leniel Borel. Pai e filho tinham passado o fim de semana juntos e durante a madrugada, a mãe e o padrasto, o vereador Doutor Jairinho, encontraram a criança desmaiada no chão do quarto do casal. Ele foi levado a um hospital na Barra da Tijuca, onde teve a morte constatada.
"O nosso papel como defesa do pai não é incriminar A ou B, é saber a verdade. Por que o menino morreu daquele jeito? Daquela forma?", disse Leonardo Barreto. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou diversas lesões pelo corpo da criança, infiltrações hemorrágicas nas partes frontal, lateral e posterior da cabeça, contusões no rim, no pulmão e no fígado. A causa da morte seria "hemorragia interna causada pelo rompimento do fígado".