Porto Maravilha receberá primeiro prédio residencial
Serão mais de 1.200 unidades com valores entre R$ 240 mil e R$ 450 mil, construídas em terreno na Praça Marechal Hermes
Rio - A Zona Portuária do Rio de Janeiro receberá seu primeiro empreendimento residencial. Para a primeira fase de construção, está prevista a construção de uma torre com 470 apartamentos e, em seguida, mais duas fases totalizando três torres de vinte andares e 1.224 unidades, que custarão entre R$ 240 mil e R$ 450 mil. A construtora Cury é a responsável pelo projeto, após adquirir Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) no Porto Maravilha. O anúncio foi feito nesta terça-feira.
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A construção dos prédios residenciais faz parte do projeto de revitalização da Zona Portuária iniciado em 2009. Após intervenções como a demolição do Elevado da Perimetral, a construção de túneis e a inauguração do Museu do Amanhã, a região já conta com edifícios comerciais que promovem bastante movimentação na área, mas apenas em horário comercial. Com o empreendimento residencial, o objetivo é que haja circulação no local 24 horas por dia.
Para o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp), Gustavo Guerrante, o projeto dos edifícios residenciais reflete o interesse de investidores no local, considerando que havia 6 anos desde a última venda de Cepacs no Porto Maravilha.
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"Desde janeiro percebemos o mercado olhando novamente para cá. A negociação destes Cepacs depois de tanto tempo é o pontapé para a retomada do Porto Maravilha como a população e os investidores um dia conheceram. O fato de terem sido comprados para o primeiro residencial da área é ainda mais simbólico. Estamos, enfim, caminhando para a tão sonhada ocupação da região portuária com pessoas 24 horas por dia", afirma Guerrante.
Cepacs são títulos que financiam as Operações Urbanas Consorciadas para recuperar áreas degradadas em cidades. No caso da Zona Portuária do Rio, esses títulos são negociados pelo Fundo de Investimentos Imobiliários Porto Maravilha (FIIPM), administrado pela Caixa. O FIIPM é responsável por repassar a verba para pagar a Operação Urbana Porto Maravilha.
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