Captação da Estação de Tratamento de Água em Nova Iguaçu
Captação da Estação de Tratamento de Água em Nova IguaçuDivulgação - Comitê Guandu-RJ
Por O Dia
Rio - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (GAEMA/MPRJ), e a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPERJ) determinaram que a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) deve apresentar, em até três dias, explicações sobre as reclamações de consumidores sobre os padrões de potabilidade no fornecimento e falta d'água no Município do Rio.
Os relatos sobre gosto e cheiro da água recebidos pelo MP são do período entre 21 de dezembro de 2020 até o último dia 5. A medida também determina a apresentação de informações sobre o credenciamento e habilitação do laboratório utilizado pela Companhia que monitora a potabilidade da água.
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De acordo com o MP, em uma consulta preliminar aos dados apresentados pela Cedae observou-se que os documentos referentes ao monitoramento de “gosto” e “odor” trazem dados de laboratório com certificação apenas para "odor" e que podem estar vencidos.

A Defensoria e o MP justificam que os pedidos foram feitos depois que a Cedae não forneceu os dados de forma clara e detalhada em uma determinação da 8ª Vara de Fazenda Pública, em 18 de março. Em caso de descumprimento, a companhia fica sujeita a pagar multa de R$300 mil.
Por volta das 6h desta quarta-feira a Cedae religou a Estação de Tratamento do Guandu. O desligamento foi realizado na noite de terça-feira, por volta das 19h, para tentar mais uma vez acabar com a geosmina — elemento que tem deixado a água distribuída no Rio com cheiro e gosto de terra desde janeiro de 2020. Relatórios feitos pela companhia mostram que a água captada para a estação de tratamento do Guandu teve níveis recordes de geosmina do ano no fim de janeiro.