Dr. Jairinho e Monique mãe de Henry,  saindo do IML antes de irem para o sistema prisional
Dr. Jairinho e Monique mãe de Henry, saindo do IML antes de irem para o sistema prisionalDaniel Castelo Branco
Por O Dia
Rio - O vereador Dr. Jairinho (Solidariedade) e Monique Medeiros serão indiciados por tortura e homicídio duplamente qualificado no caso da morte de Henry Borel, de 4 anos, ocorrida na madrugada do último dia 8 de março. Henry é filho de Monique com o engenheiro Leniel Borel. Com base nas investigações que ainda estão em andamento, a Polícia Civil concluiu que o menino foi assassinado após sofrer sessões de tortura.
O casal era monitorado pela Polícia Civil há dois dias e acabou sendo preso em uma casa em Bangu, na Zona Oeste do Rio, por agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca), na manhã desta quinta-feira (8). Os mandados de prisão contra o casal são temporários por 30 dias e foram expedidos nesta quarta-feira (7) pelo 2º Tribunal do Júri da Capital. A versão contada pelo casal foi de que a criança sofreu um acidente no quarto onde os três moravam, na Barra da Tijuca. Essa hipótese foi descartada pela polícia. Na noite desta quinta, Jairinho foi levado da Cadeia Pública de Benfica, na Zona Norte, para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste. 
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Jairinho e a namorada Monique são suspeitos de atrapalhar as investigações, ameaçar e combinar versões com algumas testemunhas. A polícia identificou que o vereador agredia o menino com chutes e golpes na cabeça, tudo isso com o conhecimento da mãe, que era conivente.
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Uma amiga íntima de uma ex-namorada de Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, disse, em entrevista a revista VEJA, que quando o filho da ex do vereador saía com ele, voltava roxo ou com a perna quebrada. Ambas as mulheres preferiram não se identificar.
Após o caso da morte de Henry, a polícia já ouviu depoimentos de 16 pessoas. Entre os relatos, há agressões do vereador contra a filha de uma ex-namorada. Em declarações, uma amiga íntima de uma ex-namorada do vereador, disse que Jairinho arranjava motivos para sair sozinho com o filho da amiga e que em uma das saídas, a criança voltou desfigurada e com os olhos roxos, como se tivesse passado por uma "sessão de tortura". Nessa ocasião, o vereador teria alegado que a criança havia caído de cabeça.
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