Governador Claudio Castro
Governador Claudio CastroReginaldo PimentA
Por Beatriz Perez
Rio - Durante a coletiva de imprensa nesta quinta-feira, investigadores garantiram que não sofreram nenhum tipo de pressão política no caso Henry. O diretor de polícia da Capital, Antenor Lopes, afirmou que o governador do Rio, Cláudio Castro, agilizou a compra do equipamento Cellebrite Premium, após pedido da Secretaria de Polícia Civil para ajudar no caso. O processo para a compra do software israelense já durava dois anos. 
"Não existiu nenhum tipo de interferência política do governador ou de quem quer que seja. Os advogados, inclusive, pediam para tirar o Henrique Damasceno (16ª DP) do caso, para encaminhar para a delegacia de Homicídios, o que foi negado. O governador nos ajudou e muito na investigação porque assim que o secretário levou a ele que a gente precisava desse equipamento, ele liberou recurso. As provas do Cellebrite foram importantes e se somaram às demais", afirmou Antenor Lopes. 
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O Cellebrite Premium é um software de uma empresa israelense para uso de autoridades policiais.
Dr. Jairinho chegou a ligar para o governador em exercício do Rio, Cláudio Castro, no dia da morte do menino Henry Borel, de 4 anos, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, no dia 8 de março. A criança era enteada do parlamentar.
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Cláudio Castro afirmou que durante o telefonema “limitou-se a explicar ao vereador que o assunto seria tratado pela delegacia responsável pelo inquérito e encerrou a ligação”. O governador ainda reiterou que “sempre garantiu total autonomia à Polícia Civil e que não interfere em investigações”.
O vereador teria ligado para Castro antes do caso chegar aos noticiários, para relatar o que aconteceu naquela noite. Dr. Jairinho teria contado ao governador, a mesma versão que deu aos investigadores.
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Nesta quinta-feira o casal Monique Medeiros e Dr. Jairinho foi preso na casa de uma tia do parlamentar em Bangu, Zona Oeste do Rio, por volta das 6h da manhã. Os dois seguiram para a 16ª DP (Barra). Jairinho prestou depoimento ao delegado titular da Delegacia da Criança Adolescente Vítima (Dcav) sobre agressões contra uma ex-namorada e a filha dela. Em seguida, os dois foram encaminhados à Polinter e ao IML, para serem encaminhados às unidades prisionais. Na noite desta quinta, doutor Jairinho foi levado da Cadeia Pública de Benfica, na Zona Norte, para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste. 
Os dois são suspeitos de homicídio duplamente qualificado, por uso de tortura e de recursos que impediu defesa da vítima, já que Henry tinha apenas quatro anos. A pena para este crime pode superar 30 anos.