Projeto ensina costureiras a utilizar lona vinílica na criação de produtos sustentáveis
Projeto ensina costureiras a utilizar lona vinílica na criação de produtos sustentáveisDIVULGAÇÃO
Por O Dia
Até segunda-feira, costureiras da Zona Oeste e de Itaguaí, na Costa Verde, podem se inscrever nas oficinas gratuitas do projeto Collab Instituto Mazomba. O objetivo é capacitá-las na criação de produtos sustentáveis com lona vinílica.
A proposta é que todas as participantes trabalhem de forma parcialmente on-line a partir de um ateliê criativo, onde vão receber formação sobre design, sustentabilidade, empreendedorismo e meio ambiente, além de capacitação no manuseio de maquinário e técnicas de estamparia para o desenvolvimento de peças. As selecionadas recebem bolsa-auxílio de R$ 200. A formação tem duração de dois meses.
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"Queremos criar um grupo de mulheres autossustentável para o desenvolvimento de produtos com conceito de ecodesign através de oficinas técnicas para mulheres da região do Vale do Mazomba e entorno", explica Horlan Gentil, um dos idealizadores do projeto.
Aira Nascimento, fundadora da As Josefinas Collab, negócio de impacto social de Campo Grande responsável pela produção executiva do projeto, destaca a importância da iniciativa para fortalecer a sustentabilidade e a geração de renda. "Além de promover a conscientização ambiental, neste momento pandêmico é importante apoiar estas mulheres na base para que possam gerar rendas para suas famílias na região. Por isso, o projeto é tão relevante", define.
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As Josefinas tem como foco as mulheres e mães empreendedoras da periferia. Todos os parceiros envolvidos no projeto são de empreendedoras da região e, em sua maioria, lideradas por mulheres.
A lona vinílica, usada na confecção de banners, fundos de palco e outdoors, pode virar produtos de qualidade, como sacolas, acessórios escolares etc. A matéria-primeira é facilmente encontrada em materiais promocionais, utilizados principalmente em eventos corporativos. Como ela é produzida a partir de uma mistura de resina, plastificantes, cargas e aditivos, apresenta característica de baixa degradabilidade, ou seja, sua decomposição na natureza pode durar até 400 anos.
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Segundo Gentil, a partir da conscientização sobre o meio ambiente, produção sustentável e socioeconômica, o projeto vai executar ações práticas e teóricas no desenvolvimento de produtos com base em matérias-primas descartadas pela indústria e população. Além disso, gerar renda e qualificação profissional aos participantes do projeto.
"O nível de conhecimento técnico, estético e ecológico integrados potencializam o desenvolvimento desses produtos, fomentando a produção auto sustentável nas comunidades envolvidas", destaca.
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Podem se inscrever, é preciso ter experiência em corte e costura, ser morador de Itaguai e da Zona Oeste e preencher o formulário no link https://forms.gle/mEZfqjDaD9Jco4ek9.
O projeto é uma iniciativa da Vale por meio do edital Programa Comunidade Participativa 2020 que tem por objetivo selecionar e apoiar projetos sociais, nas áreas de Geração de renda, Capacitação Profissional, Saúde, Cultura e Esporte. 
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"Quando uma rede é organizada, ela passa a atender demandas imediatas da população por trabalho, melhoria no consumo, educação, reafirmação da dignidade humana e do seu direito ao bem viver, e começa a implantar um novo modo de produzir, consumir e conviver, gerando renda e capacitação", destaca Aira.