Segundo o pai do menino, por Monique ter mentido para a polícia mostra que ela não quis defender seu filho. Leniel ainda compartilha que Monique tentou fazer com que a família ficasse contra ele. Ele diz ter escutado de parentes da mãe do menino que ela o teria acusado de "alienação parental" após a morte de Henry.
A mãe de Henry contou aos seus advogados que sofreu agressões verbais e físicas de Dr. Jairinho. Ainda disse que após a morte do filho, ela foi manipulada para ajudá-lo, definindo seu relacionamento como abusivo.
De acordo com Leniel "o pai dela (de Monique) falava que, quando pequena, ela batia em outras crianças. Ela é forte, estrutura grande. Não tinha estrutura para apanhar sem revidar”.
A defesa da mãe do menino tenta fazer com que ela preste um novo depoimento as autoridades. Eles alegam que em seu primeiro esclarecimento, ela mentiu por medo. A polícia descarta a possibilidade de ouvi-la novamente.
Leniel contou que ao questionar Monique sobre os relatos do filho, de que o "o tio machuca", ela disse: "'Eu mataria ele se fosse o caso, se estivesse acontecendo alguma coisa. O Henry é um menino muito inteligente. Eu botei uma câmera no quarto e a câmera não mostra nada'. Como eu vou achar que uma mulher dessa, olhando tudo, que ela estava sendo agredida?".
Leniel declarou ter notado certas ações de Monique para alterar o rumo das investigações. "Enquanto eu estava participando do processo das investigações, ouvindo as coisas, eu ouvi da família dela que eles criaram um grupo e que Monique estava manipulando todo mundo, tentando passar o problema pra mim. Falou em alienação parental, tentando falar que eu manipulava meu filho, falando pra família pra me investigar".
Até o dia 8 de abril, dia em que Monique e Jairinho foram presos, o pai de Henry declarou acreditar que ela poderia estar sofrendo ameaças do vereador. "Eu, até a prisão, achava que ela estava sendo coagida, mas hoje eu vejo que, da maneira que Monique sempre foi, estava manipulando todo mundo".
Leniel classificou a suposta participação de Monique na morte do filho como "nebulosa" e disse não conseguir entender o papel da mãe de Henry em toda essa situação.
O pai do menino falou sobre a noite em que criança deu entrada em vida em um hospital na Zona Oeste do Rio. "Logo que recebi o laudo preliminar do IML [Instituto Médico Legal], mostrei para ela e falei: 'Monique isso aqui é uma agressão'. Ela não falou nada. Ela sabe desde o dia, essa dinâmica do que aconteceu é que está tenebrosa”.
"Lá no hospital, quando eu cheguei e falei com os dois [Monique e Jairinho], ele falou que ouviu um barulho no quarto e foi lá ver o Henry e ele estava revirando o olho e com dificuldade para respirar. Aí depois vi o depoimento dela, totalmente ao contrário, falando que ela foi lá primeiro. O que eles falaram não foi isso. E o que ele foi lá fazer, agora para mim está claro. O que ela sabe a mais, só ela pode dizer”.
"Eu não consigo admitir que meu filho veio ao mundo para prender a mãe e o padrasto. É muito pouco. Hoje são 32 crianças assassinadas por dia no Brasil, segundo a Unicef. A gente vê um monte de caso. Não pode ser só o Caso Henry. Quanta gente não está sofrendo?”.
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