Geral - Começa a aplicaçao da vacina Pfizer/BioNTech. Ela começou a ser feita nesta terça-feira (4) em 250 pontos de saude da cidade do Rio. A capital recebeu do estado 46.800 doses do novo imunizante e distribuiu os lotes para os grupos prioritarios estabelecidos no calendario de vacinaçao. Na foto, primeira pessoa a receber o imunizante foi o comerciante Alexandre Souza Almeida, de 63 anos, e vacinado pelo secretario municipal de saude, Daniel Soranz, na Clinica da Saude Estacio de Sa, no Rio Comprido, zona norte do Rio.
Geral - Começa a aplicaçao da vacina Pfizer/BioNTech. Ela começou a ser feita nesta terça-feira (4) em 250 pontos de saude da cidade do Rio. A capital recebeu do estado 46.800 doses do novo imunizante e distribuiu os lotes para os grupos prioritarios estabelecidos no calendario de vacinaçao. Na foto, primeira pessoa a receber o imunizante foi o comerciante Alexandre Souza Almeida, de 63 anos, e vacinado pelo secretario municipal de saude, Daniel Soranz, na Clinica da Saude Estacio de Sa, no Rio Comprido, zona norte do Rio.Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Por Jorge Costa*
Rio - A aplicação da vacina Pfizer/BioNTech começou a ser feita nesta terça-feira (4) em 250 pontos de saúde da cidade do Rio. A capital recebeu do estado 46.800 doses do novo imunizante e distribuiu os lotes para os grupos prioritários estabelecidos no calendário de vacinação. O secretário de saúde Daniel Soranz afirmou que todas as unidades serão apenas para a primeira dose e explicou que a oferta deve acabar na quarta (5) em função da baixa quantidade. 

A primeira pessoa a receber o imunizante foi o comerciante Alexandre Souza Almeida, de 63 anos. Ele faz parte dos grupos prioritários e comentou que perdeu amigos para a covid-19, e também que estaria ansioso para ser vacinado.

“Eu fiquei muito satisfeito, agora acho que eu posso tentar voltar a ter uma vida normal, porque ficou tudo tão difícil para todos. Eu vim até muito cedo na ansiedade para poder tomar a vacina, pois tenho diversos problemas de saúde e eu fui aconselhado pelo meu médico que recebesse o quanto antes o imunizante”, afirmou.

O secretário municipal da saúde, Daniel Soranz, acompanhou a vacinação durante a manhã desta terça (4) na Clínica da Família Estácio de Sá, no Rio Comprido, zona norte do Rio, e orientou que a população não deve ter preferência por doses da vacina.

“Todas as vacinas são boas e protegem contra casos graves e óbitos por covid-19, então a nossa recomendação é que ninguém fique escolhendo vacina na unidade, tome o que tiver, se você estiver elegível e no seu momento de se vacinar, se imunize logo”, disse.

O secretário ainda disse que para a população conseguir identificar o imunizante, basta verificar a seringa. A vacina da Pfizer contém uma quantidade menor na seringa (0,3 ml) comparada às demais vacinas. A CoronaVac e a AstraZeneca possuem 0,5 ml por aplicação.

A vacinação nesta terça será realizada para os grupos prioritários a partir dos 55 anos. Poderão receber a vacina as pessoas com deficiência e indivíduos com comorbidades, respeitando o escalonamento por idade.

Grávidas e puérperas com comorbidades não precisam seguir a prioridade por idade. O calendário de vacinação está disponível no site e nas redes sociais da Secretaria Municipal de Saúde do Rio.
Intervalo alongado entre doses da Pfizer é criticado por especialista

A prefeitura decidiu não estocar a vacina Pfizer para a segunda aplicação da dose e irá distribuir todas as unidades recebidas do imunizante.

Essa decisão segue a orientação do governo federal, que estabeleceu um intervalo de 12 semanas para a distribuição da segunda dose da Pfizer. O laboratório responsável pela produção do imunizante, contudo, mencionou que a proteção máxima de 95% contra a covid-19 só é alcançada quando as duas vacinas são aplicadas dentro de 21 dias.

O intervalo foi criticado pela médica geriatra e psiquiatra Roberta França, que considerou preocupante a escolha em manter o prazo de 12 semanas para a aplicação do imunizante.

“As decisões que têm sido dadas pelo governo no sentido de não guardar a segunda dose é bastante temerária. Nós não temos nenhum estudo sobre como ficará a imunidade caso o paciente não seja vacinado dentro do tempo previsto pelos estudos até aqui”, afirmou.

A especialista afirmou que não é possível prever como ficaria a imunidade da pessoa que teve a sua segunda dose atrasada por conta da falta das pesquisas com essa situação.

“O que está sendo informado pelos laboratórios é: “O mais importante é que a 2° dose seja feita”. Mas, é também muito importante que se siga o intervalo recomendado, pois não há estudo que vá dizer se o paciente de fato ficará imunizado adequadamente se atrasar a segunda dose.
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*Estagiário sob supervisão de Cadu Bruno