Justiça suspende decreto do prefeito Eduardo Paes que taxou os aplicativos de transportes no Rio
Justiça suspende decreto do prefeito Eduardo Paes que taxou os aplicativos de transportes no Rio Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Por O Dia
Rio - O desembargador Maurício Caldas Lopes, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), suspendeu, nesta quinta-feira, o decreto do prefeito Eduardo Paes (DEM) que taxou os aplicativos de transportes no Rio.
Em março, a prefeitura editou o decreto para cobrar dos aplicativos de mobilidade urbana um valor pelo uso das vias da cidade, o chamado "preço público". A decisão previa um pagamento de 1,5% sobre o valor total cobrado dos passageiros nas viagens pelo uso intensivo do sistema viário urbano. O valor arrecadado seria destinado ao Fundo Municipal de Mobilidade Urbana Sustentável (FMUSO).
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O decreto ainda dizia que os motoristas deveriam cumprir as seguintes condições, mediante comunicação de atividade em credenciamento público perante o órgão fiscalizador como requisito para sua atividade ser considerada regular no município:
- Contratar Seguro de Acidentes Pessoais a Passageiros (APP) e Seguro de Responsabilidade Civil Facultativa (RC-F), nos limites mínimos definidos pela SUSEP (Superintendência de Seguros Privados), além do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT);
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- Inscrever-se como contribuinte individual do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS),

- Ter Carteira Nacional de Habilitação na categoria B ou superior que contenha a informação de que exerce atividade remunerada;
- Conduzir veículo com idade máxima de 10 anos e com no mínimo, 4 portas e capacidade máxima de 7 passageiros;
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- Emitir e manter o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV);
- Apresentar certidão negativa de antecedentes criminais.
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O objetivo do decerto, segundo a Prefeitura do Rio, era "evitar a ociosidade ou sobrecarga da infraestrutura urbana disponível e racionalizar a ocupação e a utilização", além de "proporcionar melhoria nas condições de acessibilidade e mobilidade". 
A Prefeitura do Rio disse ao O DIA que ainda não foi notificada da decisão.