Trens da Supervia
Trens da SuperviaDivugação / Agetransp
Por O Dia
Rio - Passageiros que precisaram utilizar os trens da SuperVia nesta terça-feira (01) enfrentaram dificuldades após furtos de cabos de energia do Ramal Santa Cruz. De acordo com a concessionária, as composições podem aguardar ordem de circulação pois, o fluxo dos trens passa a ser feito via rádio e não de forma automática.
Nas redes sociais, quem precisou dos trens para trabalhar reclamou mais uma vez sobre os atrasos.
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Ainda segundo a supervia, haverá serviços de manutenção na via férrea, no trecho entre Triagem e Maracanã, das 10h às 15h e também entre Paciência e Santa Cruz, no mesmo horário.
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Furtos de grampos podem fazer trens descarrilarem
A SuperVia divulgou nesta terça-feira (01) que, o número de registros de furtos de grampos de fixação dos trilhos dos trens, nos cinco primeiros meses de 2021, já é mais que o dobro dos casos de todo o ano passado. De 1⁰ de janeiro até agora, foram registrados 15 furtos no sistema ferroviário, totalizando cerca de 3.290 grampos. Em todo o ano de 2020, houve seis ocorrências desse tipo, quando criminosos furtaram 1.602 grampos.


A maior incidência desde o início do ano foi no ramal Japeri (7 casos), seguido Belford Roxo (5 casos), Deodoro (2 casos) e Saracuruna (1 caso). O episódio mais recente ocorreu no último sábado (29), no ramal Japeri.

"São componentes fabricados de aço para aguentar os esforços da circulação dos trens e suportar as variações dos trilhos, por isso o seu valor comercial. Quando observamos a supressão desses conjuntos de grampos, tomamos medidas para garantir a segurança dos passageiros e dos nossos colaboradores, como a redução da velocidade e até a interrupção temporária da operação", explica Roberto Fisher, gerente de Via Permanente e Engenharia da SuperVia.

A concessionária explica que, a peça é fundamental para a operação, pois serve para fixar os trilhos aos dormentes. A sua retirada pode deixar a linha férrea vulnerável e colocar a circulação dos trens em risco. Por medida de segurança e como consequência do furto, os trens passam a circular com velocidade reduzida na região até que novos grampos sejam instalados. Em casos mais graves, quando são furtadas peças em sequência, dormente por dormente, a circulação precisa ser interrompida para evitar descarrilamentos.

Técnicos e agentes da SuperVia identificam a ausência das peças em vistorias diária realizadas em todo o sistema, e a reposição dos grampos de fixação é realizada imediatamente. Lamentavelmente, o roubo de grampos na via férrea é um problema na segurança pública que atinge o sistema ferroviário do Rio de Janeiro, os clientes e colaboradores da SuperVia.

Os agentes de controle da SuperVia não têm poder de polícia. Eles realizam rondas em ações preventivas e acionam os órgãos competentes sempre que necessário. De acordo com o contrato de concessão, a segurança pública é uma atribuição do Governo do Estado, que atua na SuperVia por meio do Grupamento de Policiamento Ferroviário (GPFer). Os casos de furtos no sistema são registrados em delegacia.
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Confira os intervalos em cada ramal
Ramal Deodoro – Santa Cruz (pico de 5h às 8h)
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Entre Santa Cruz e Benjamim do Monte – intervalo irregular
Entre Campo Grande e Central do Brasil – intervalo irregular

Ramal Japeri (pico de 5h às 7h)

Entre Nova Iguaçu e Japeri – Intervalo médio de 13 minutos
Entre Central e Nova Iguaçu – Intervalo médio de 7,5 minutos
Ramal Belford Roxo (pico de 6h às 8h)

Intervalo médio de 29 minutos.

Ramal Saracuruna (pico de 5h às 8h)
Central a Gramacho - intervalo médio de 11 minutos
Gramacho a Saracuruna - intervalo médio de 23,5 minutos