Rafael Vieira e Felipe Ferreira sofreram ataques de homofobia quando andavam de mãos dadas em CopacabanaReprodução / Instagram

Por O Dia
Rio - A Polícia Civil indiciou um homem que trabalha como escultor de areia na Avenida Atlântica, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, pelo crime de injúria qualificada em razão da orientação sexual por homofobia contra um casal de influenciadores digitais. De acordo com as investigações, realizadas pela 13ª DPª (Ipanema), responsável pelo caso, Juliano Gomes Soares fez xingamentos contra o apresentador Rafael Vieira e o DJ Felipe Ferreira quando os dois andavam de mãos dadas na orla do bairro na noite de 23 de maio.
O casal passava por um quiosque quando foi abordado por Juliano, que proferiu os comentários ofensivos. Nas redes sociais, o apresentador e o DJ divulgaram as imagens gravadas durante o episódio e relataram que o homem ficou gritando diversas vezes que eles precisavam "virar homens". "Registramos parte de tudo o que aconteceu, mas já é o suficiente para vocês sentirem como foi. E sim, estamos em buscas dos nossos direitos porque homofobia é crime. Fazemos isso não apenas por nós, mas por tantos outros que esse cara ofendeu, e por tantos outros iguais a ele", escreveu Felipe, na época.
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O delegado titular da 13ª DP (Ipanema), Felipe Santoro, ressaltou que a injúria proferida era referente à orientação sexual e que as vítimas passaram por uma situação humilhante. "A conduta praticada pelo indiciado é gravíssima e ofendeu a honra das vítimas, as submetendo a uma situação humilhante, que jamais deve ser tolerada em um Estado Democrático de Direito, onde a dignidade da pessoa humana, de qualquer cidadão, jamais poderá ser tolhida".
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Juliano foi reconhecido pelas vítimas e confessou a prática do crime. Ele já tinha anotações criminais, inclusive pelos crimes de injúria, ameaça e furtos.
Ainda segundo o delegado, o Ministério Público, após receber o inquérito policial, ofereceu denúncia contra Juliano pelo mesmo crime, por razão de homofobia.