Corpo de Bombeiros trabalhou para conter um incêndio em uma casa na manhã desta quinta, no Santo Cristo. Famílias avaliam que perderam tudo.REGINALDO PIMENTA/AGÊNCIA O DIA

Por YURI EIRAS E REGINALDO PIMENTA
Rio - Um incêndio no Santo Cristo, Zona Portuária do Rio, atingiu pelo menos três casas na manhã desta quinta-feira (1). A ocorrência aconteceu por volta das 4h30, e os bombeiros estiveram no local para conter as chamas. Uma mulher foi levada para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, e tem quadro estável.
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O incêndio ocorreu no número 43 da Rua Cardoso Marinho, no Santo Cristo. A construção é um antigo casario, como boa parte das habitações da região. Jéssica dos Santos, de 35 anos, é vizinha de porta do imóvel que pegou fogo e teve que sair às pressas para não ser atingida. "O fogo começou na vizinha. Estávamos dormindo e escutamos um barulho, por volta das 4h da madrugada. Eu e meu marido levantamos, mas achamos que fosse briga de casal. Ouvi gritos de 'socorro', 'me ajuda'. Quando abrimos a janela, já vimos o fogo do lado", disse Jéssica. Sua casa pode ter sofrido desgaste na estrutura por conta do incêndio. 
"Foi o tempo de chamar minha mãe, pegar meus filhos e sair de casa. Não podemos entrar porque eles estão com medo de desabar". Segundo Jéssica, na casa ao lado moravam quatro pessoas - um homem acamado, a esposa e dois filhos. A mulher foi encaminhada ao Souza Aguiar e tem quadro estável, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
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Rafael José da Silva, que morava ao lado, também perdeu tudo. "Acordamos por volta de 4h30 com uma barulheira, achando que era discussão. Quando olhamos, a casa da vizinha estava pegando fogo. Perdemos tudo o que tínhamos. Saímos só a roupa do corpo".
O fogo foi controlado por volta das 8h. A Defesa Civil foi acionada e interditou duas casas no local. A 4ª DP (Praça da República) instaurou inquérito para apurar as causas do incêndio. A investigação está em andamento. Já a Secretaria Municipal de Assistência Social informou que atendeu duas famílias afetadas pelo incêndio, num total de 11 pessoas. Ambas ficaram desalojadas, porém não houve demanda de acolhimento, pois foram para casas de parentes e/ou amigos.
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"A Secretaria mobilizou a rede de acolhimento do município e providenciou insumos emergenciais, inclusive vestuário. Também receberam roupa de cama e colchonetes. As famílias foram cadastradas para receber acompanhamento social, inclusive no que se refere à documentação perdida", disse a pasta em nota.