Três funcionários da empresa foram flagrados adulterando e produzindo as embalagens para recebimento do produto, que já se encontrava armazenadoDivulgação

Por Thuany Dossares
Rio - A Polícia Civil realizou a Operação Transoil, na madrugada desta quinta-feira, para desarticular uma quadrilha que receptava, adulterava e revendia óleos lubrificantes na Baixada Fluminense do Rio e em São Paulo. Três pessoas acabaram presas em flagrante na empresa onde o procedimento era feito, em Nova Iguaçu. O esquema movimentava mensalmente R$ 1 milhão, segundo as investigações.
De acordo com a Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), a adulteração começava a partir da receptação dos óleos lubrificantes de origem ilícita em galões de 200 litros. Em seguida, eles misturavam os produtos em corantes para que eles apresentassem um aspecto de melhor qualidade, de maneira que dificultasse os consumidores de desconfiar da qualidade do material.
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Os agentes descobriram ainda, ao longo de sete meses de investigação, que os criminosos encomendavam embalagens do Paraná e confeccionavam etiquetas iguais as das marcas originais, para colocar os óleos lubrificantes no recipiente e disfarçar a falsificação.
A maioria dos produtos eram vendidos em municípios da Baixada Fluminense e no interior de São Paulo, sem nota fiscal, já que tinham origem ilegal,. As investigações apontaram que a quadrilha adulterava e revendia mais de R$ 1 milhão em óleos lubrificantes, por mês.
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Segundo a polícia, os suspeitos teriam migrado para o ramo de desvio, receptação e adulteração de óleos lubrificantes após diversas ações da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) para reprimir crimes de trepanação de óleos combustíveis.
Os policiais da DRFC e da DDSD chegaram na empresa, no bairro Vila Iracema, em Nova Iguaçu, durante a madrugada desta quinta, e flagraram dois funcionários e o gerente da empresa adulterando e produzindo as embalagens para recebimento do produto, que já se encontrava armazenado.
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Eles e o dono do estabelecimento irão responder pelos crimes contra a relação de consumo, contra a ordem econômica, receptação qualificada e associação criminosa. Além disso, uma perícia de dano ambiental foi realizada para verificar a possibilidade de dano ao meio ambiente, pois os produtos eram armazenados e manipulados de maneira irregular.
A empresa ficará interditada até que todas as perícias sejam realizadas e todo o material seja retirado com segurança.