O sargento reformado Ronnie Lessa é acusado de ter matado a vereadora Marielle e o motorista Anderson GomesReginaldo Pimenta / Arquivo
Caso Marielle: Justiça condena Ronnie Lessa por ocultação e destruição de provas
Esposa do policial militar, Elaine Lessa, o cunhado Bruno Figueiredo, José Marcio Mantovano e Josinaldo Freitas foram condenados na mesma ação
Rio - A Justiça do Rio condenou o PM reformado Ronnie Lessa e outras quatro pessoas próximas a ele por destruir e ocultar provas dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A esposa do policial militar, Elaine Lessa, o cunhado Bruno Figueiredo, José Marcio Mantovano e Josinaldo Freitas foram condenados na mesma ação.
Em 13 de março de 2019, um ano após o assassinato da vereadora, eles participaram de uma ação para retirar e destruir armas escondidas por Ronnie Lessa em um apartamento alugado por ele, no Pechincha, Zona Oeste. Elaine, Bruno, José e Josinaldo retiraram as armas da casa de Ronnie e as jogaram no mar, na Barra da Tijuca. O PM reformado foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão e os outros foram condenados a quatro anos.
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“Como se nota, trata-se de grupo muito bem estruturado, ordenado com divisão de tarefas, para impedir e embaraçar as investigações em andamento, sendo suficiente as provas acostadas aos autos, o relatório policial e os depoimentos prestados para apontar a participação de todos os acusados, de forma estável, na prática do crime previsto no art. 2º, § 1º da Lei 12850/13. A prova coligida em Juízo corrobora as informações colhidas em sede policial, demonstrando, sem sombra de dúvidas, a associação criminosa perpetrada pelos Réus, em comunhão de ações e desígnios criminosos entre si para obstrução de investigação penal”, destacou o juiz Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo, da 19ª Vara Criminal da Capital.
Ronnie Lessa irá cumprir a pena em regime fechado na penitenciária de segurança máxima em que está preso, em Porto Velho, Rondônia. O ex-PM Élcio de Queiroz, também acusado pelas duas mortes, cumpre pena na mesma penitenciária. Já Elaine, Bruno, José Márcio e Josinaldo terão que prestar serviços à comunidade e os fins de semana limitados, sendo obrigados a permanecer sábados e domingos, durante cinco horas, em casa de albergado ou outra instituição definida pela Vara de Execuções Penais (VEP).
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