O prefeito do Rio, Eduardo PaesReprodução

Y
Yuri Eiras
Rio - A Prefeitura do Rio lançou, nesta quinta-feira (15), o Plano Estratégico da cidade com metas a serem cumpridas até o fim de 2024. O documento foi construído a partir de 93 iniciativas, com investimento de R$ 14 bilhões. O plano prevê o desenvolvimento de diferentes setores da cidade, como saúde, emprego e renda, habitação e até no apoio à segurança pública, função constitucional do estado.
Em cerimônia de lançamento, no Palácio da Cidade, em Botafogo, o prefeito Eduardo Paes comemorou as contas da prefeitura no azul, e afirmou que a principal meta é que "a cidade reencontre seu lugar". "Esse é o início do trabalho. O grande desafio agora é implementar (as metas), acompanhá-las para que a gente possa cumprir com os objetivos", afirmou o prefeito. "É possível, sim, consertar a casa, fazer investimentos, prestar serviços de maneira adequada com o modelo econômico que já temos".
Publicidade
Na saúde, há o plano de ampliar Programa Saúde da Família (PSF) para 70% da população carioca. Na educação, uma das metas é ter pelo menos 50% dos estudantes em ensino integral até o fim do ciclo, em 2024. O município também prevê 70% dos investimentos em infraestrutura e habitação focados nas Zonas Norte e Oeste, 35% em cada região. Na questão ambiental, o objetivo é criar perímetros de baixa emissão de carbono.
"Como pagar? Com disciplina fiscal. Colocar as contas em ordem. Hoje, em julho de 2021, temos caixa de cerca de R$ 4 bilhões. Vamos chegar até o final do ano com R$ 6 bilhões, fora as receitas extraordinárias", afirmou o secretário municipal de Fazenda e Planejamento, Pedro Paulo. Os cálculos da prefeitura não contabilizam o dinheiro da outorga da Cedae. Com esse valor, a receita sobe para R$ 9,6 bilhões.
Publicidade
Investimento em habitação regular e apoio no combate às milícias
Entre as metas da prefeitura também há o apoio, ainda que indireto, ao desenvolvimento da segurança pública do Rio, função constitucional do estado e do governo federal. O município tem o objetivo de fortalecer o combate às milícias com o rigor na fiscalização a construções irregulares e outras formas de financiamento dos grupos criminosos.
Publicidade
"O problemas das milícias é uma construção que tem que ser das instituições. Ministério Público, Poder Judiciário, é um trabalho de refundação as polícias. Temos cada vez mais construções irregulares, no ponto de vista horizontal e vertical. Podemos pensar em como a gente pode mudar a legislação para combater o desordenamento. O trabalho do dia a dia de demolir essas construções, que já fazemos, dá um recado muito claro que quem construir irregularmente não irá permanecer. Não é um trabalho simples, mas vamos em busca", afirmou o secretário Pedro Paulo.