Rio - O Portal dos Procurados divulgou, nesta sexta-feira, um cartaz pedindo informações que possam levar às prisões de sete homens que se tornaram réus por torturarem um homem acusado injustamente, no dia 12 de janeiro, pelo desaparecimento dos três meninos em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Ao todo, dez pessoas se tornaram réus pelo crime. Um deles já está preso e outros dois não tiveram pedido de prisão expedido.
Segundo o delegado Uriel Alcântara, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), um adolescente também participou da tortura do homem, mas não foi apreendido e não é procurado. Ele foi apenas identificado no procedimento próprio que apura ato infracional. De acordo com a polícia, todos os procurados são envolvidos com o tráfico de drogas do Morro do Castelar.
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"São traficantes, torturadores, foragidos da Justiça. Só não eram vizinhos do torturado, que junto com a família, saiu da favela com a roupa do corpo e deixaram tudo para trás, até a casa. Vizinho não é torturador", afirmou o delegado.
O pedido de linchamento teria sido feito pelos traficantes da região de onde Lucas Matheus da Silva, de 8 anos, Alexandre da Silva, de 10, e Fernando Henrique Ribeiro Soares, de 11, moravam. Os garotos estão desaparecidos desde 27 de dezembro de 2020, há mais de seis meses, quando decidiram sozinhos irem juntos até a Feira de Areia Branca.
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Os procurados são Ruan Igor Andrade de Sales, o Melancia; Anderson Luís da Silva, Bambam; Marcelo Ribeiro Fidelis, Petróleo; Victor Hugo dos Santos Goulart, VT ou Vitinho; Wiler Castro da Silva, Stala; Welber Henry Jeronimo, Cebolinha e José Carlos dos Prazeres Silva, Piranha. Wiler é gerente do tráfico de drogas e apontado como suspeito do desaparecimento das crianças.
Um tio de Lucas e Alexandre também foi alvo da denúncia porque ele teria armado uma emboscada para o homem agredido ser espancado pelo grupo. O homem que foi linchado, chegou a ser levado para a 54ªDP (Belford Roxo) e logo em seguida foi amarrado com uma papelão escrito: "Suspeito do desaparecimento das três crianças. Pego por moradores do Castelar".
Informações da polícia dão conta de que o homem levou socos, chutes, pauladas, coronhadas (com fuzil), teve a sua orelha e costas mordida até sangrar, para confessar um crime que não cometeu. Por causa do caso, a vítima e sua mãe tiveram que deixar o local onde moravam.
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O traficante José Carlos Prazeres, o Piranha, é investigado como mandante da tortura. Os traficantes locais dominam uma área conflagrada denominada Comunidade Castelar e zonas contíguas (Palmeirinha e “Rola Bosta”), cujas entradas são limitadas pela existência de barricadas e no interior atuam tranquilamente ostentando armas e impondo o terror aos moradores.
Contra os sete denunciados pela tortura, ainda em liberdade, foi expedido um mandado de prisão, pela 1ª Vara Criminal de Belford Roxo, pelo crime de Tortura (Artigo 1º - Lei – 9.455/97). Todos possuem um ou mais mandados de prisão. O traficante Piranha, líder do tráfico do Castelar, encontra-se escondido no Complexo da Penha, sob a tutela do traficante Doca da Penha.
O Disque Denúncia recebe informações sobre o criminoso pelo WhatsApp do Portal dos Procurados pelo número (21) 98849-6099; pelos telefones (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177, além do App Disque Denúncia RJ e também pelo inbox do Facebook e Twitter dos Portal dos Procurados. A DHBF sob a titularidade do Delegado Uriel Alcantara, está encarregada do caso de tortura e do inquérito criminal,
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