Sindicato dos Rodoviários denunciou as péssimas condições de trabalho e dos ônibus do BRTReginaldo Pimenta / Agencia O Dia

Rio - O Sindicato dos Rodoviários denunciou, nesta sexta-feira, as péssimas condições de trabalho dos funcionários e dos ônibus que circulam nas calhas do BRT. Segundo José Carlos Sacramento, vice-presidente do sindicato, os motoristas são obrigados a sair da garagem com os carros apresentando inúmeros problemas. Além disso, durante a pandemia da covid-19, o BRT ainda demitiu aproximadamente 1,2 mil funcionários, entre motoristas, fiscais, mecânicos e pessoal administrativo.
"Não concordamos e nem aceitamos esse tipo de comportamento por parte da empresa. Os profissionais são pressionados a colocarem os carros para rodar e, caso não o façam, ficam sujeitos a punições que vão desde a suspensão até o desconto no contracheque dos dias parados, isso é inadmissível", disse o vice-presidente.
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De acordo com o sindicato, as rodas dos ônibus saem, os motores esquentam fazendo com que o veículo pare no meio da viagem e os chassis estão empenados. Além do mais, os funcionários ouvem xingamentos e até sofrem agressões por parte dos usuários que não conseguem embarcar nas estações, "pois os ônibus geralmente atrasam devido às quebras constantes e quando param estão lotados, comprovando o sucateamento da frota".
José Carlos lembra ainda que hoje circulam no BRT cerca de 180 carros, que são auxiliados com 70 ônibus extras na parte da manhã e à tarde, considerados horários de pico, e que atendem principalmente as estações de Santa Cruz e Campo Grande. 
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Comissão de Transporte cobra aplicação de verba
O presidente da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa, deputado Dionísio Lins (Progressista), entende que a prefeitura vem se esforçando para entregar aos usuários um transporte de melhor qualidade, mas para isso é preciso que haja investimento sério no setor.
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"A Câmara Municipal do Rio aprovou no início do ano um projeto que autorizava a prefeitura a investir recursos próprios para melhorias do BRT no valor de R$ 133 milhões. Esse valor já foi utilizado? O usuário não aguenta mais disputar um espaço dentro dos ônibus, seja BRT ou os que circulam pelos bairros. Creio que uma licitação no setor seria fundamental para que tivéssemos melhorar a qualidade de locomoção nesses bairros e trazer de volta linhas que alimentassem os terminais não só do BRT, mas também dos trens e metrô", questiona.
A Prefeitura do Rio, por meio do BRT Rio, informou que as condições de trabalho nos ônibus do consórcio, anteriormente à Intervenção, eram péssimas, já que a manutenção era deficiente e a frota se encontrava em extrema degradação. 
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Segundo a prefeitura, desde o início da Intervenção, em março passado, todos os funcionários do BRT S.A., inclusive os motoristas, estão com seus salários rigorosamente em dia. "Os encargos e tributos sobre a Folha voltaram a ser pagos e a escala de trabalho vem observando, rigorosamente, férias, folgas e, no caso dos motoristas, intervalo de repouso entre as jornadas, respeitando todas as normas regulamentadoras vigentes".
A prefeitura ainda ressaltou que o BRT está em fase final de contratação de 36 motoristas e 22 mecânicos justamente em função do incremento da manutenção corretiva e preventiva dos veículos, o que resultou em uma frota de cerca de 190 articulados hoje em operação, contra os 120 que estavam rodando no início da Intervenção.
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"Também não recebemos do Sindicato, com o qual temos procurado manter um canal aberto de comunicação, qualquer denúncia, pelo que nos causa surpresa tal afirmação. Todas as informações sobre os aportes financeiros para pagamento de pessoal, combustível e de material e prestação de serviços para reforma das estações são disponibilizadas no site da Secretaria Municipal de Transportes no link".