Cadela Malu, morta por policial civilDivulgação

Rio - A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro vai pedir o afastamento do agente da Polícia Civil que matou a tiros uma cadela idosa na última segunda-feira (19), na Praça da Bandeira, na Zona Norte do Rio. Reynaldo Velloso, presidente da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB, quer que o policial tenha também o porte de arma suspenso. A medida deve valer até a conclusão do inquérito. 
Velloso estará nesta quarta-feira (21) com o delegado titular da 18ª DP (Praça da Bandeira), Moysés Santanna, que investiga o caso. O jurista quer conhecer o inquérito policial e entender quais as medidas jurídicas que estão sendo adotadas no caso. 
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"Entramos com uma petição pedindo o afastamento e o porte de arma. Uma pessoa que se apresenta descontrolada não pode andar armada. Isso é um risco muito grande", explica Velloso. 
A Comissão da OAB quer saber por que o policial civil não foi preso flagrante e não teve a arma apreendida.
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O agente, Ney Cortes da Silva, lotado na Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), disse em sua defesa que atirou contra a cadela Malu por achar que seria atacado. Ele estava de folga no dia da ocorrência. 
Testemunhas relataram que além de atirar contra a cadela, o policial ainda efetuou disparos para o alto. 
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A cadelinha que se chamava Malu, era de idade avançada e muito mansa, pertencia ao malabarista colombiano Fabian Sanchez. Ele e os amigos, que fazem números circenses nos sinais de trânsito, contaram que foram abordados pelo agente enquanto estavam na praça.
Em nota, a Polícia Civil disse que as investigações estão em andamento na 18ª DP (Praça da Bandeira) e que está apurando o caso com 'rigor' através da Corregedoria da Corporação. O caso foi registrado como crime de maus tratos a animais com agravante de morte.