Pira OlímpicaRobson Moreira / Agência O Dia

Rio - O prefeito Eduardo Paes apresentou nesta quinta-feira a destinação de estruturas e equipamentos olímpicos que já estavam previstas em 2016. Trata-se da concessão de arenas do Parque Olímpico da Barra para a iniciativa privada e construção de escolas municipais. As Arenas 1 e 2 e o Centro de Tênis serão concedidos á iniciativa privada para realização de eventos por quinze anos. Já a Arena 3 vai virar uma escola para 850 alunos em tempo integral vocacionada para o esporte, será o Ginásio Experimental Olímpico.
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O velódromo, sob administração do Governo Federal, será administrado pela Prefeitura para absorver as atividades esportivas comunitárias e gratuitas que atualmente acontecem na Arena 3. A previsão é de que mil pessoas utilizem o espaço por dia. Haverá ginástica, artes marciais, academia e quadras de esportes coletivos. A empresa que vencer a licitação será responsável pela manutenção predial de todos esses equipamentos.
Além das instalações, o vencedor da iniciativa privada será responsável pela construção de uma nova pista de atletismo e montagem de uma piscina olímpica ao lado da pista de atletismo no complexo.
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Outras áreas que vão ter seu uso potencializado ao público pela iniciativa privada serão a Via Olímpica e a área do Live Site. Os espaços serão transformados num grande parque público aberto para a população.
"A gente está aqui entregando exatamente o que antes das Olimpíadas a gente disse que iria entregar. Infelizmente, as Olimpíadas foram desmontadas em dezembro de 2016. Não tinha tempo de fazer essa entrega. Era natural que alguém minimamente responsável, que tivesse espírito público, entendesse que isso não era projeto de fulano ou beltrano e entregasse. Lamentavelmente, a gente quatro anos depois volta para fazer isso", criticou Paes.
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O aviso de licitação para essa concessão de arenas e construção da escola de vocação para o esporte na Arena 3 foi publicado no Diário Oficial na quarta-feira (21). O valor estimado da contratação é de R$ 98 milhões.
Desmontagem de arenas temporárias e construção de escolas
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Outra licitação que já está mais adiantada prevê a desmontagem de arenas que seriam temporárias para as Olimpíadas de 2016: o Centro Aquático e a Arena do Futuro (Centro Olímpico de Handebol). A empresa vencedora deverá construir quatro escolas municipais na Zona Oeste do Rio. O resultado desta concorrência estava previsto para sair na semana que vem, mas um trâmite no Tribunal de Contas do Município pode atrasar o resultado. A previsão é de que as obras comecem em setembro.
São R$ 78 milhões para desmontar as estruturas e construir quatro escolas nos bairros de Santa Cruz, Campo Grande, Rio das Pedras e Bangu. Três escolas serão demolidas para serem substituídas pelas novas construções. A previsão do prefeito Eduardo Paes é de que essas escolas estejam funcionando no ano letivo de 2023. Firmado o contrato, o prazo de entrega é de 18 meses.
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Defesa do legado olímpico
Durante a apresentação da destinação dos equipamentos olímpicos, o prefeito Eduardo Paes defendeu o legado do megaevento para a cidade. O prefeito disse que as Olimpíadas do Rio foram as mais baratas da história e que não houve "elefante branco".
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"As Olimpíadas não podem ser responsabilizadas se o Brasil é uma tragédia econômica, uma tragédia política e uma tragédia ética", afirmou. " (O legado) foi mal cuidado porque tudo foi mal cuidado no Rio nos últimos anos", criticou. Durante a coletiva de imprensa, Paes desejou sucesso a Tóquio. O prefeito faz uma homenagem aos Jogos Olímpicos às 18h30 desta quinta-feira e acenderá a pira olímpica, em frente à Candelária, no Centro do Rio, com a presença do cônsul japonês.
Além disso, a Prefeitura do Rio vai criar uma nova Pista de Atletismo, que ficará atrás do Parque Aquático Maria Lenk, e será entregue para o Comitê Olímpico Brasileiro (COB).