Apreensão de 17,778 kg, realizada no curso da investigação em setembro de 2019 no embarque para a ItáliaDivulgação

Rio - A Polícia Federal prendeu três suspeitos, na manhã desta terça-feira, em São Paulo, durante a 'Operação RUTA 79' que teve o objetivo de  desarticular organização criminosa responsável pelo contrabando de ouro proveniente de garimpos ilegais do Norte do Brasil. Cerca de 120 agentes cumpriram quatro mandados de prisão preventiva e 21 de busca em apreensão no Rio de Janeiro, Angra dos Reis, São Paulo, São Jose do Rio Preto, Piracicaba, Mirassol e Belo Horizonte. A ação conta com o apoio da Receita Federal. 
Ao todo, foram apreendidos R$740 mil e US$25 mil, além de dois quilos de ouro 99,9% e sete quilos de prata 99,9%, diamantes, computadores, smartphones, documentos diversos, armas e munições. As investigações tiveram início após a prisão de um policial federal, envolvido no esquema, responsável pela passagem ilegal da área pública para a área restrita do aeroporto, viabilizando os crimes de contrabando e descaminho. Durante as investigações foram apreendidos cerca de 17,778 quilos de ouro e joias avaliadas em mais de US$1 milhão.
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Os investigados fazem uso de "mulas" que transportam o ouro até a Itália utilizando-se de documentação ideologicamente falsa de empresas fictícias sediadas no Paraguai. Em seguida, a ORCRIM traz joias adquiridas na Ásia e EUA, utilizando-se também de "mulas" para introduzi-las de forma clandestina no Brasil. Estima-se que entre os anos de 2017 a 2019 a organização criminosa tenha contrabandeado mais de uma tonelada de ouro para a Itália.
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Além do crime de organização criminosa, apura-se a prática dos crimes de lavagem de dinheiro, contrabando, descaminho, receptação qualificada e usurpação de bens da União. O nome da operação faz menção à rota (ruta em italiano) do ouro. O número 79 faz referência à posição do elemento químico ouro na tabela periódica.