A secretária Municipal de Pessoa com Deficiência, Helena Werneck, afirmou que diagnóstico é importante para identificar perfil de empresas que estão aptas a contratar pessoas com deficiênciaDivulgação

Rio - A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência lança nesta quinta-feira (29) o "Diagnóstico Empresarial - Rio Cidade + Inclusiva e Acessível" para identificar, por meio virtual, o perfil das empresas do município do Rio de Janeiro e garantir boas práticas de inclusão de profissionais com deficiência no quadro de funcionários de empresas públicas e privadas da
cidade. O estudo também pretende discutir os desafios enfrentados para essa inclusão e o desenvolvimento de políticas públicas que contribuam para que o Rio de Janeiro se torne uma cidade cada vez mais inclusiva e acessível para todos.
A secretária municipal da Pessoa com Deficiência, Helena Werneck, afirmou que a realização do diagnóstico é importante para identificar o perfil das empresas que estão aptas a contratar pessoas com deficiência e entender o formato de empregabilidade usado.
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"Essa ação terá um impacto significativo na vida das pessoas com deficiência por que com essa avaliação poderemos entender como anda e pensa o mercado que busca a empregabilidade das pessoas com deficiência e garantir boas práticas de inclusão. Esperamos que, a partir deste diagnóstico, possamos elaborar novas ações mais inclusivas e tornar a cidade do Rio mais inclusiva e acessivel na área de empregabilidade", declarou Helena Werneck.
A iniciativa acontece por meio de uma parceria inédita com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego e o Instituto Rede Incluir. 
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Com base nas respostas obtidas, serão identificadas as boas práticas implementadas pelas empresas e as ações de promoção e reconhecimento. A troca de experiências entre elas serão planejadas e executadas, por meio dessa parceria. Também serão identificados os principais desafios relacionados à cultura organizacional, conhecimento sobre as singularidades das pessoas com deficiência, práticas de recrutamento e seleção, atração e retenção, acessibilidade, entre outros.
Os dados coletados serão consolidados em um documento que será discutido em um grupo de trabalho, formado por membros das instituições participantes e representantes de empresas do município para a elaboração de um planejamento de ações, além de assegurar o cumprimento da Lei 8.213/91, que trata da reserva de vagas para pessoas com deficiência em empresas. O material produzido será apresentado em 3/12 e trará as ações que serão implementadas ao longo de 2022.
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Cronograma macro de projeto:
29/07 – Lançamento
29/07 a 31/08 – Coleta de dados
01/09 a 29/10 – Estratificação de dados e análise das informações
03/11 a 12/11 – Elaboração versão preliminar do relatório e ajustes
16/11 a 23/11 – Elaboração relatório final e definição de plano de ação para o ano de 2022
24/11 a 30/11 – Diagramação do relatório final
03/12 – Apresentação pública dos resultados e planejamento 2022

Lei de Cotas não é cumprida
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No Rio de Janeiro, menos da metade (22.530) das vagas reservadas para pessoas com deficiência no mercado de trabalho (45.476) estão ocupadas . A lei de cotas que prevê que as
empresas com 100 ou mais funcionários tenham entre 2% e 5% de trabalhadores com deficiência acaba de completar 30 anos. No Brasil, 6,7% da população possui algum tipo de
deficiência.
A Lei de Cotas ainda não é totalmente cumprida no Brasil. Cerca de 50% das vagas reservadas às pessoas com deficiência não são ocupadas. Segundo a publicação “O Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 maiores empresas do Brasil e suas ações afirmativas”, do Instituto Ethos de 2016, as pessoas com deficiência ocupavam 2% do quadro de funcionários, 0,64% do quadro executivo e apenas 0,41% das funções gerenciais.
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4,4% das pessoas com deficiênica empregadas no Brasil
Em 2019, segundo o Relatório Anual de Informações Sociais, 523,4 mil pessoas com deficiência estavam trabalhando com "carteira assinada" no Brasil. Esse número é 81,3% superior aos 288,6 mil, tabulados em 2009. Parece muito, porém, considerando que o Brasil possui 82,7% da população em idade ativa, apenas 4,4% das pessoas com deficiência dessa categoria ocupavam vagas.