Passageiros tiveram que desembarcar, na noite de sexta-feira, devido a um princípio de incêndio em canal de cabos. Ninguém ficou feridoFoto de leitor

Rio - O MetrôRio informou que todas as linhas voltaram a funcionar normalmente às 5 deste sábado. No fim da tarde dessa sexta-feira, as linhas 1, 2 e 4 tiveram a circulação interrompida por mais de seis horas devido a um foco de incêndio no canal de cabos em um dos túneis de acesso entre as estações Central do Brasil e Presidente Vargas, no Centro do Rio. Ninguém ficou ferido, mas o ocorrido causou muito transtorno aos passageiros, que voltavam do trabalho.
Por causa do incidente, ocorrido pouco antes das 18h de sexta-feira, as estações ficaram cheias de passageiros que precisaram desembarcar e seguir viagem em outros transportes. Por meio das redes sociais, os usuários manifestaram indignação com o transtorno. "Prezados do MetrôRio, a tarifa no valor de R$ 5,80 é proporcional ao tamanho da humilhação em que o usuário é submetido?", questionou um passageiro, com uma foto que mostra os passageiros aglomerados em pé na linha férrea.
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"A gente paga 5,80 de passagem para ter incêndio em parte elétrica o tempo todo", disse uma mulher. Em vídeos que circularam as redes, é possível ver os passageiros sendo obrigados a desembarcar do trem. "Metrô parado e ninguém foi informar que o problema iria demorar a ser resolvido. Um agente disse que pegou fogo na estação Central, em algo que ele não soube explicar", comentou um homem.
Para tentar entender o que ocorreu, quando um princípio de incêndio atingiu as linhas 1, 3 e 4 do MetrôRio, interrompendo sua circulação e causando grande transtorno para os milhares se usuários, o presidente da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa, deputado Dionísio Lins (Progressista), dará entrada na segunda-feira com uma representação na Promotoria de Tutela de Defesa do Consumidor do Ministério Público. Ele pede que seja apurado com o máximo de rigor e urgência o que causou o incêndio, que, na visão dele, colocou em risco a vida das pessoas.
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"Não dá para entender o fato de quase todos os dias o metrô apresentar um problema elétrico como denunciam os usuários. Eles (empresários) pediram e tiveram o reajuste da passagem de R$ 5,00 para R$ 5,80 com a finalidade de melhorar a qualidade do serviço prestado, principalmente no que diz respeito à segurança. Estamos solicitando que o MP apure as responsabilidade e implemente um ajuste de conduta para que os usuários não sejam mais penalizados, ficando sem saber como irão se deslocar para seus lares ou locais de trabalho e na dúvida se receberão de volta ou não o valor pago. Essa situação não pode se tornar uma constante", comentou o deputado.
Em suas redes sociais, a Agetransp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro) informou, durante a noite, que apura as causas do episódio. "As equipes da Agetransp continuam no MetrôRio apurando as causas do incêndio ocorrido à noite e que interrompeu a circulação em todas as linhas. No gabinete de crise, os engenheiros da Agência acompanham a movimentação para a liberação do sistema ao público, que ocorrerá amanhã (sábado, dia 31)", publicou a agência.
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Tarifa mais cara do Brasil
A passagem do metrô do Rio de Janeiro subiu de R$ 5 para R$ 5,80 no mês de maio. É a tarifa metroviária mais cara do país. O governo do estado e a concessionária negociaram durante quase dois meses para acertarem o novo valor e o aumento acabou pesado para o bolso dos passageiros. Em março, a agência reguladora tinha autorizado que a tarifa passasse a custar R$ 6,30 a partir do dia 2 de abril, mas o reajuste acabou sendo adiado e chegou a um valor menor.