Caminhões com o adesivo em apoio ao Movimento 'Combustível Sem Imposto'.Divulgação

Rio - A categoria de trabalhadores de transportes por aplicativo deverá ir às ruas na próxima quarta-feira, às 7h, como o intuito de parar a Avenida Brasil e protestar contra os impostos cobrados em cima dos combustíveis. A greve é organizada pelo Movimento 'Combustível Sem Imposto', e a expectativa é de que 10 mil pessoas estejam presentes durante o ato.
De acordo com o movimento, na quarta-feira, a partir das 7h, a Avenida Brasil será parada por manifestantes nos dois sentidos da pista. Os organizadores estimam que podem bloquear a via por até 30 horas. O ato também contará com a presença e apoio de caminhoneiros e entregadores.
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O movimento conta com o suporte do Sindicato dos Prestadores de Serviços por Aplicativos (SindMobi), cujos representantes também estarão presentes durante a manifestação. De acordo com o presidente da organização, Luiz Corrêa, a expectativa do sindicato no protesto é pressionar as empresas de transportes por aplicativo a levarem em conta a pauta com reinvindicações enviadas por eles.
"Nosso intuito é pressionar para que essa pauta de reinvindicações seja atendida. Nossa expectativa é pelo menos atingir alguns pontos dessa pauta. Estamos fazendo uma pressão interna, vai ser só o início da greve. A gente vai dar o pontapé inicial nesse movimento. Vamos marcar outras datas até conseguirmos ser atendidos, porque (junto) a situação de trabalho está inviável", explicou o presidente do sindicato.
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Além da questão do fim dos impostos para combustíveis, o sindicato também busca melhores condições de trabalho, segurança e reajustes para a categoria. "Os aplicativos de mobilidade e entregadores têm escravizado esses prestadores de serviços por aplicativo. A grande maioria está trabalhando entre 14h e 16h por dia, muitas vezes dormindo dentro do carro, para tentar trazer o mínimo do sustento para dentro de casa", revelou Corrêa.
De acordo com o movimento 'Combustível Sem Imposto', um Projeto de Emenda à Constituição (PEC) foi elaborado e trará a possibilidade de cortes de gastos do estado, além do fim de todos os impostos sobre todos os combustíveis em todo o Brasil.
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"Nós temos um Projeto de Emenda à Constituição que corta gastos do estado e acaba com todos os impostos sobre todos os combustíveis em todo o Brasil, inclusive no GNV e o gás de botijão. Essa PEC vai estar com todos os deputados federais, senadores, governador do Rio, Alerj e com a Presidência da República", esclareceu Alexandre Nascimento, presidente do movimento 'Combustível Sem Imposto'.
Procuradas pelo DIA, as empresas Uber ainda não se manifestou sobre a greve da categoria. 
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Em nota, a 99 afirmou o seguinte sobre a manifestação:
"A 99 respeita o direito à liberdade de expressão e manifestação dentro dos limites legais. A empresa segue sempre aberta ao diálogo e prioriza a melhoria contínua dos ganhos e maior eficiência na rotina dos motoristas parceiros, além de oferecer um serviço seguro e acessível. O objetivo é a construção de soluções benéficas para a mobilidade na cidade, envolvendo todas as partes que integram esse processo.

A 99 possui ainda parcerias e condições especiais para reduzir os gastos operacionais dos motoristas, como o desconto de 10% nos abastecimentos feitos na rede Shell em todo o Brasil, que já gerou uma economia de mais de R$ 2,5 milhões de reais ao longo de apenas cinco meses de 2021. O valor das tarifas na 99 segue sendo definido a partir de uma equação que envolve demanda e oferta. Já os repasses aos motoristas parceiros são feitos por duas variáveis: distância percorrida e tempo de deslocamento. Um grande exemplo de nossas iniciativas é a implementação de tarifas zero em datas estratégicas, ou seja, 100% do valor das corridas é repassado ao motorista parceiro.

A 99 também impacta positivamente a economia brasileira. De acordo com a pesquisa FIPE, a atividade da 99 foi responsável por injetar R$ 15 bilhões na economia do país em 2020, e gerar 331 mil empregos indiretos, a partir da renda gerada aos motoristas pela utilização da plataforma. Vale também dizer que segundo a pesquisa Datafolha de abril deste ano, 72% das pessoas da classe C consideram a tarifa dos apps de transporte acessível, e 75% pretendem manter ou ampliar o uso nos próximos meses.

A 99 também vem mantendo seus investimentos em novos serviços, produtos e iniciativas de segurança para passageiros e motoristas. Já foram mais de R$ 150 milhões destinados, desde abril do ano passado, em ações para apoiar quem usou o aplicativo, sejam motoristas parceiros ou passageiros."
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* Estagiária, sob supervisão de Gustavo Ribeiro