Operação PF na Rocinha. Na foto, movimentação de polícias no interior da comunidadeREGINALDO PIMENTA/AGÊNCIA O DIA

Rio - A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (5) a Operação Voitheia II, contra grupos suspeitos de fraudes no auxílio emergencial, socorro financeiro dado pelo governo federal às famílias em dificuldades durante a pandemia. Ao todo, foram expedidos 22 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão - destes, três já foram cumpridos, inclusive o do principal alvo da operação, localizado no município de Araquari (SC). Investigações indicam que pelo menos 5 mil benefícios do auxílio foram fraudados por essas organizações criminosas.
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Agentes cumprem mandados na Rocinha, Zona Sul, e na Baixada Fluminense. Além do Rio, ações acontecem em Santa Catarina e em Minas Gerais. Ao todo, 60 agentes da Polícia Federal estão nas ruas. Na manhã desta quinta, na Rocinha, policiais federais estiveram em uma loja de depilação no interior da comunidade, que pertenceria a um dos alvos da operação. 
No Rio, agentes também encontraram mais de 300 chips de celulares que seriam utilizados na fraude. Em Santa Catarina, um dos alvos destruiu o computador para evitar uma eventual prisão em flagrante.
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As investigações são fruto do grupo de trabalho nomeado Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial (EIAFAE), formado pela Polícia Federal, Ministério Público Federal, Ministério da Cidadania, CAIXA, Receita Federal, Controladoria-Geral da União e Tribunal de Contas da União.
"Os objetivos da atuação interinstitucional são a identificação de fraudes massivas e a desarticulação de organizações criminosas, com a responsabilização de seus integrantes, além da recuperação aos cofres públicos do valores pagos indevidamente", informou a PF, em nota.