Aldaberto Ribeiro Pinto Júnior foi preso no estado do Mato GrossoDivulgação

Rio - O terceiro sargento do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Alberto Ribeiro Pinto Junior, de 45 anos, foi preso, na tarde de quarta-feira (4), suspeito de pilotar um helicóptero que transportava 280 quilos de cocaína e que caiu no último domingo (1º) na Zona Rural de Poconé, 104 km ao sul de Cuiabá, no estado do Mato Grosso. 
A equipe do Corpo de Bombeiros do Mato Grosso realizava inspeção na área de foco de um incêndio, quando, nas proximidades do destroços do helicóptero, encontrou Alberto, deitado no chão, bastante sujo e debilitado. Questionado pelos agentes, ele disse que foi até o local para buscar peças do veículo, apresentando várias contradições.
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Durante o trajeto para a Delegacia de Poconé, o militar fez propostas aos integrantes do Corpo de Bombeiros, tentando negociar a sua liberação. Na delegacia, ele foi interrogado pelo delegado Maurício Pereira Maciel e autuado em flagrante pelo crime de incêndio, uma vez que pelas circunstâncias e objetos encontrados com ele, presumiu-se que foi ele que colocou fogo na área, e também por corrupção ativa.
Segundo o delegado, além da prisão em flagrante, ainda na noite de quarta-feira, foi expedido contra Alberto o mandado de prisão temporária por envolvimento com o tráfico de entorpecentes, representada pela Polícia Federal (PF), que apura o crime de tráfico de drogas relacionado a grande quantidade de cocaína apreendida no helicóptero que caiu. 
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“Era por volta das 21h quando os policiais de Poconé estavam chegando com o suspeito no presídio de Chapada do Guimarães, e recebemos a notícia da expedição do mandado de prisão, relacionado as investigações da apreensão do entorpecente que estava no helicóptero que o suspeito pilotava”, disse o delegado.
Na ação, foram apreendidos aproximadamente 280 quilos de cocaína e a aeronave de asa rotativa modelo ROBSON 44, que está no nome do policial civil do Distrito Federal Ronney José Barbosa Sampaio, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). 
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O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) informou que "repudia veementemente todo e qualquer ato criminoso, assim como condutas ilícitas que transgridam os preceitos da ordem, da disciplina e da moral características da profissão de bombeiro militar".

O comandante-geral da corporação, coronel Leandro Monteiro, comunicou que vai instaurar um inquérito policial militar para apurar a conduta do profissional. Segundo o CBMERJ, a corporação está acompanhando a operação e está à disposição para colaborar com as investigações.