Na casa de um dos alvos, agentes encontraram valores em euros e dólares que, juntos, passam dos R$ 150 milDIVULGAÇÃO

Rio - Policiais civis do Distrito Federal (DF) e do Rio, com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), realizam nesta quinta-feira (5) a 'Operação Shark', para desarticular uma organização criminosa que aplicava golpes do empréstimo consignado em servidores públicos, idosos e aposentados. O grupo é suspeito de realizar movimentações financeiras suspeitas no valor equivalente a R$ 90 milhões, somente no último ano.
Equipes cumprem mandados de prisão e 20 de busca e apreensão, tanto no Rio, quanto em Brasília. Os agentes estão em diferentes endereços, inclusive condomínios de luxo na Barra da Tijuca e no Recreio dos Bandeirantes. Há mandados também na Taquara, Engenho Novo, Guadalupe e em Nova Iguaçu. 
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Na casa de um dos alvos, em um condomínio na Barra, agentes apreenderam uma imensa quantidade de dinheiro estrangeiro: 19 mil euros (cerca de R$ 116 mil), 8 mil dólares (R$ 41 mil), além de joias, cartões de crédito, celulares e documentos que comprovam os crimes. 
A operação foi batizada de Shark (tubarão, em inglês) porque, de acordo com a Polícia Civil do Rio, um dos alvos adotava o apelido nas redes sociais. "Shark é o nome utilizado para se referir aos grandes 'players' do mercado que têm o poder de ditar muitos rumos da bolsa de valores. Esse tipo de investidor pode se 'alimentar' dos acionistas minoritários e, em alguns casos, encurrala os menores para conseguir lucros maiores", explicou a polícia, em nota.
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Na casa de um dos alvos, agentes encontraram valores em euros e dólares que, juntos, passam dos R$ 150 mil - DIVULGAÇÃO
Na casa de um dos alvos, agentes encontraram valores em euros e dólares que, juntos, passam dos R$ 150 milDIVULGAÇÃO
Vítimas eram induzidas a repassar valores para a conta da empresa
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O grupo criminoso era formado por empresas que se diziam de 'consultoria financeira', mas que, na verdade, aplicavam golpes, especialmente em serviços públicos, idosos e aposentados. As vítimas preferenciais eram as que possuem, ou possuíram, empréstimos consignados, mas que têm margem para novas transferências. O contato era feito por ligação: funcionários afirmavam terem sido contratados por bancos do Distrito Federal e pelo Banco Central, e avisavam sobre uma possível restituição de taxa paga de forma indevida. Assim, as vítimas iam presencialmente aos escritórios, e lá, eram induzidas a contratarem novos empréstimos e repassarem os valores para a conta da empresa.
Outra modalidade de golpe era a oferta para reduzir o valor das parcelas de um empréstimo, inicialmente através da portabilidade. Mas, na verdade, o cliente acaba por contratar novos empréstimos, fazendo transferências para a conta das empresas. As 'consultoras' não efetuavam o pagamento dos valores repassados e causavam prejuízo aos consumidores, que passavam a dever em dois ou mais contratos.