A psicopedagoga Jaqueline Campos prestou depoimento nesta sexta-feira sobre a morte da filhaMarcos Porto Agência O Dia

Rio - A Polícia Civil exumou, nesta sexta-feira, o corpo da manicure Thaysa Campos dos Santos, de 23 anos, grávida de oito meses, encontrada morta em setembro do ano passado na linha do trem, na altura de Deodoro, na Zona Norte do Rio. Durante o procedimento, que ocorreu no Cemitério da Penitência, no Caju, na Zona Norte do Rio, a psicopedagoga Jaqueline Campos, mãe de Thaysa, passou mal e precisou ser amparada por uma irmã e pelo seu advogado Zoser Hardman.
"Quem fez isso com minha filha? Isso não pode ficar assim. Vamos descobrir o que aconteceu. Quando a polícia descobrir quem fez isso vai ser o dia mais feliz da minha vida", disse Jaqueline.
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A exumação foi autorizada pelo Tribunal de Justiça do Rio e atende um pedido da polícia e da defesa de familiares da moça. Exames cadavéricos apontaram que Thaysa não estava com o bebê no ventre.
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"A exumação vai possibilitar a realização de exames periciais complementares, o que certamente auxiliará na solução do caso. A família está muito esperançosa, mas a principal pergunta permanece no ar: onde está Ysabella? Jaqueline só vai conseguir descansar quando essa pergunta for respondida", disse o advogado da família, Zoser Hardman.
Para a Polícia Civil, a manicure foi morta por traficantes da Favela do Triângulo, em Deodoro. Thaysa ficou desaparecida por cerca de uma semana. Em depoimento, familiares contaram que a moça saiu de casa no dia 4 de setembro e foi até àquela comunidade para buscar uma bolsa de maternidade. A jovem pode ter sido vítima de emboscada e acabou morta.
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A polícia investiga se a namorada de um traficante está envolvida na morte da manicure. Thaysa chegou a receber mensagens de ameaças da mulher. Uma outra linha apurada e que chamou a atenção dos policiais é de que o pai do bebê teria mantido relações amorosas com uma mulher da comunidade.
A manicure deixou dois filhos, um menino de 5 anos e uma menina de 7 anos, que moram com a avó paterna.