Policial militar Cristiano Loiola ValverdeWHATSAPP O DIA
Testemunha diz que guarda municipal matou PM com mais de 20 tiros
Crime ocorreu na noite deste domingo na cidade da Baixada Fluminense. Homem foi preso em flagrante e vai responder pelo crime de homicídio
Rio - Uma testemunha que presenciou o assassinato do cabo da policial militar Cristiano Loiola Valverde, de 39 anos, disse que o guarda municipal Max Aurélio da Costa Biasotto Ferreira efetuou pelo menos 20 tiros contra a vítima. O crime aconteceu na noite deste domingo (8), após uma discussão entre eles, em um bar no Centro de Nilópolis, na Baixada Fluminense. O agente da Prefeitura do Rio foi preso em flagrante por um policial à paisana. Na manhã desta segunda-feira (9), as marcas dos tiros no chão refletiam a noite violenta e sangrenta.
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Segundo a testemunha, que pediu para não ser identificada, Max Aurélio descarregou o primeiro pente e deu aproximadamente 15 tiros. Logo em seguida, houve correria no local e ele conseguiu colocar um novo carregador na pistola, efetuando ao menos outros cinco disparos. A Polícia Civil não comentou sobre essa informação.
"As pessoas estavam assustadas, foi muita correria. Ninguém sabia o que estava acontecendo, quando perceberam já tinha uma pessoa caída no chão completamente ensanguentada. Era um momento de lazer, era Dia dos Pais, e as pessoas queriam aproveitar o fim do dia. Acabou nessa loucura toda", relatou.
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Testemunhas disseram que a Praça Santos Dumont, também conhecida como Praça da Soares Neiva, no Centro de Nilópolis, estava cheia e dezenas de pessoas assistiam ao jogo entre Flamengo e Internacional. As pessoas contaram que o PM tentou separar uma briga entre duas mulheres, mas acabou discutindo com o guarda municipal, que sacou a arma.
Além de matar o policial, os disparos também atingiram uma segunda pessoa. Alexandre Severino Martiniano, de 38 anos, foi baleado no pé direito. Ele deu entrada no Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) na madrugada desta segunda-feira (9), e na sequência transferido para o Hospital Juscelino Kubitschek, em Nilópolis. O estado de saúde é estável.
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O corpo do policial militar está no Instituto Médico Legal de Nova Iguaçu, mas ainda não foi liberado para o enterro. Familiares do PM não querem comentar o crime. O corpo do PM será velado nesta terça-feira (10) no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio, e o sepultamento acontece às 11h.
As investigações estão sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Segundo a Polícia Civil, as diligências já estão sendo realizadas. O autor do disparos foi preso em flagrante e irá responder pelo crime de homicídio.
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Investigadores da DHBF irão analisar as imagens das câmeras de segurança para identificar o que aconteceu na hora do crime.
Pelas redes sociais, dezenas de pessoas lamentaram o morte do PM. O vereador nilopolitano Anderson Campos (Republicanos) usou sua pagina no Instagram para se despedir do policial que já trabalhou em sua equipe de segurança.
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"É com tristeza e perplexidade que recebo a notícia da execução do cabo Cristiano Valverde, morto covardemente por um vagabundo da pior espécie! Valverde fez minha segurança num domingo à noite quando num num culto. Lamento profundamente pela família e pelos amigos!", escreveu o político.
Em nota, a Secretaria Estadual de Polícia Militar lamentou a morte do Cabo Cristiano Loiola Valverde. O PM ingressou na corporação em 2014 e atualmente trabalhava na Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP). Ele deixa uma filha.
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