Flordelis segue presa em Benfica e passa por audiência de custódia neste sábado
Flordelis passou a noite no presídio de Benfica, porta de entrada do sistema prisional. Audiência marcada para 13h define se ex-deputada continuará na cadeia
Flordelis sendo presa nesta sexta feira (13) - Divulgação
Flordelis sendo presa nesta sexta feira (13)Divulgação
Rio - Uma audiência de custódia marcada para as 13h deste sábado (14) define se Flordelis continuará na cadeia. A ex-deputada federal passou a noite no presídio de Benfica, porta de entrada do sistema prisional, e deve ser transferida para o Complexo de Gericinó, Zona Oeste do Rio. Flordelis foi presa na noite de sexta-feira em casa, em Niterói, por agentes da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG). Ela é apontada como a mentora intelectual da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019.
Na noite de sexta, a defesa de Flordelis, formada pelos advogados Rodrigo Faucz, Jader Marques e Janira Rocha, divulgou uma nota em que aponta a prisão como "totalmente desnecessária, ilegal e abusiva". Segundo a defesa, "não há qualquer requisito idôneo para prender Flordelis antes de seu julgamento".
"A defesa informa que impetrou habeas corpus ao STJ antes mesmo da prisão, diante da certeza da que seria decretada, por tudo o que consta na Arguição de Suspeição em trâmite no TJRJ. De qualquer maneira, Flordelis continuará lutando para provar a sua inocência, assim como confia no Poder Judiciário como garantidor do devido processo legal, com respeito a plenitude de defesa e contraditório", conclui o texto.
Flordelis é apontada como a mentora intelectual da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019. Ela teve a prisão preventiva decretada pela juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói. Na época do crime, Flordelis não teve sua prisão pedida por deter imunidade parlamentar. Na última quarta-feira (11), no entanto, a Câmara dos Deputados cassou seu mandato por quebra de decoro.
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Após deixar sua residência, a ex-deputada foi levada para a Delegacia de Homicídios de Niterói, onde chegou por volta das 19h15. De lá, a ex-deputada seguiu para o Instituto Médico Legal de Niterói, onde passou por um exame de corpo de delito, e depois para Benfica, na Zona Norte do Rio. Veja o momento em que Flordelis foi presa.
Momentos antes da prisão, Flordelis compartilhou um vídeo nas redes sociais pedindo orações. "Chegou o dia que ninguém desejaria chegar. Estou indo presa por algo que eu não fiz, por algo que eu não pratiquei. Estou indo com a força de vocês, orem por mim. Orem, orem. (Façam) uma corrente de oração na internet. Busquem a Deus!", disse.
Flordelis compartilha vídeo pedindo orações momentos antes da prisão.
O pastor Anderson do Carmo foi assassinado na garagem da casa em que morava com Flordelis e dezenas de filhos adotivos, em São Gonçalo, no Rio. Ele foi atingido por mais de 30 tiros, na madrugada de 16 de junho. Desde então, a Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo e o Ministério Público estadual (MPRJ) passaram a investigar o crime.
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Flordelis foi denunciada à Justiça como mandante do crime. Ela responde por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima), tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada.
Por ter imunidade parlamentar, Flordelis cumpria medidas cautelares, sendo monitorada por tornozeleira eletrônica. Outros 10 acusados estão presos. São eles: Marzy Teixeira da Silva, Simone dos Santos Rodrigues, André Luiz de Oliveira, o "bigode", e Carlos Ubiraci Francisco da Silva, o "neném", Rayane dos Santos Oliveira, Flávio dos Santos Rodrigues, Adriano dos Santos Rodrigues, Andrea Santos Maia e Marcos Siqueira Costa e Lucas Cezar dos Santos de Souza.
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No dia 4 de maio deste ano, a juíza Nearis dos Santos Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, decidiu levar os acusados a júri popular. Após as defesas de Flordelis e de outros seis acusados terem apresentado recurso à segunda instância, o processo foi distribuído, no dia 3 de agosto, à 2ª Câmara Criminal, sob a relatoria do desembargador Celso Ferreira Filho.
Segundo o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), somente após a apreciação dos recursos o caso voltará para a 3ª Vara Criminal de Niterói para que seja definida uma data para o júri popular.
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