Grade operacional do Bonde de Santa Teresa é ajustada Divulgação / Henrique Freire

Rio - O retorno imediato das obras para a reforma dos trilhos dos bondes de Santa Teresa, patrimônio cultural tombado, foi a principal reivindicação dos moradores do local durante a audiência pública realizada na Alerj na última sexta-feira. No entanto, eles temem que uma possível privatização venha atrapalhar todo esse movimento.
De acordo com o deputado Dionísio Lins (Progressista), presidente da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa, já há uma decisão judicial definitiva que determina a restauração de todo o sistema de circulação dos bondes do bairro desde 2009, e que a possibilidade de privatização é totalmente rechaçada não só pela população, como também pela Alerj.
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"Em conversa com o deputado André Ceciliano, presidente da Casa, ficou definido que já há um compromisso do parlamento carioca em não privatizar o bonde de Santa Teresa, já que se trata de uma atração turística que traz divisas para a cidade-estado do Rio de Janeiro. O bondinho vai ficar onde está e não tenho dúvida de que contará com investimentos para melhor atender não só os visitantes, como também todos os moradores do bairro e da cidade", explicou.
Dionísio informou também que a comissão vai estar atenta a qualquer movimento que venha de encontro ao desejo da população. Ele informou que organiza um encontro com representantes da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística e com o secretário de transportes, para um ajuste de conduta de cumprimento da sentença judicial de 2009. Para ele, antes de mais nada, a história que cerca o bairro de Santa Teresa precisa ser respeitada, e o bondinho faz parte dessa história.
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"A população pode ficar tranquila, pois o que depender da Alerj, já foi garantido pelo presidente da Casa e pela grande maioria dos parlamentares , que o bonde não será privatizado, e que ele ficará sob o controle do governo do estado", disse.