Wellington de Mello faleceu após três semanas internado em decorrência de um tiro disparado pelo genroDivulgação
Empresário baleado pelo genro morre após três semanas internado; esposa e filha também morreram
Wellington Braga de Mello tinha 75 anos e presenciou a morte da filha, grávida de seis meses, e da esposa no último dia 13 de agosto, em Nova Friburgo
Rio - Morreu, na tarde desta quarta-feira (1), o empresário Wellington Braga de Mello, de 75 anos, terceira vítima de Ricardo Pinheiro Jucá Vasconcelos, de 43 anos. Ele estava internado desde o dia 13 de agosto após ser baleado pelo genro. Ricardo também matou a tiros a esposa grávida de seis meses, Nahaty Gomes de Mello, 33, e Rosemary Gomes de Mello, 67, filha e esposa de Wellington, respectivamente. O crime aconteceu dentro na residência do criminoso, na Rua Wenceslau Braz, no Cascatinha, em Nova Friburgo, Região Serrana do Rio.
Wellington foi baleado na boca e estava internado no CTI de um hospital particular de Friburgo. A morte foi confirmada pela filha dele, Saliha Mello. Nas redes sociais, amigos da família lamentaram a morte do empresário, que era dono de uma tradicional farmácia em Friburgo. "Ah Tom! Quanta alegria tinha naquela calçada... sempre com sorrisos para quem passasse enfrente a farmácia. Meus sentimentos aos familiares e amigos. Triste"; "Tom era uma pessoa muito alegre, simpático e atencioso com as pessoas que conversava, infelizmente foi vítima dessa crueldade".
Com a morte do empresário, o criminoso Ricardo Pinheiro poderá responder por mais outros crimes. De acordo com a decisão atual da Justiça, Ricardo foi autuado em flagrante por duplo homicídio - cometido contra a companheira e a sogra - e pela tentativa de homicídio contra o sogro.
De acordo com a decisão da 1ª Vara Criminal de Nova Friburgo, no dia 20 de agosto, as comunicações telefônicas dos envolvidos teve quebra de sigilo quebrado, o que pode ajudar a 151ª DP descobrir o que aconteceu naquela sexta-feira, 13 de agosto. "Autorizo o afastamento do sigilo de dados do conteúdo da memória dos dispositivos eletrônicos, eventualmente, apreendidos, objetivando a busca de dados eletrônicos e digitais constantes nos aparelhos e aplicativos de comunicação, bem como fotografias, contatos telefônicos, imagens, mensagens de texto contidas também em aplicativos, mídias sociais e tudo mais que for relevante ao deslinde do crime", disse o juiz na decisão.
Relembre o caso
Na noite de sexta-feira (13), policiais militares do 11º BPM (Nova Friburgo) foram acionados para verificar ocorrência no bairro Cônego, no município de Nova Friburgo. No local, três pessoas foram encontradas feridas.
Segundo a PM, o Corpo de Bombeiros também foi acionado e socorreu uma pessoa ferida ao Hospital Municipal Raul Sertã. As outras duas pessoas feridas estavam em óbito. A equipe policial do 11ºBPM deteve um indivíduo na residência e apreendeu uma pistola calibre 9 mm e munições. Ocorrência encaminhada para a 151ª DP (Nova Friburgo).
Em nota, a Polícia Civil disse que, de acordo com a 151ª DP, um homem foi preso por policiais militares acusado de atirar na mulher grávida e nos sogros. A perícia foi realizada no local e o autor encaminhado ao sistema penitenciário.
Ricardo, autor dos disparos, alegou ter passado por um surto. No entanto, depois de passar por uma avaliação psiquiátrica no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Roberto Medeiros, não foi diagnosticado nenhuma condição psiquiátrica no suspeito. Ele foi encaminhado à um presídio comum.
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