Operação policial no Jacarezinho deixou 28 mortos Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Força-tarefa do MPRJ tenta retirar pertences dos mortos na operação do Jacarezinho no IML
Agentes não farão a retirada das vestes dos mortos na operação. Ação aconteceu no dia 6 de maio deste ano e terminou com 28 mortos, sendo um deles policial civil
Rio - A Força-Tarefa do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) foi até o Instituto Médico Legal (IML), nesta quinta-feira (9), tentar retirar os pertences dos 27 mortos na operação policial do Jacarezinho, que aconteceu no dia 6 de maio deste ano, para realizar nova perícia independente e complementar. Segundo o MPRJ, os agentes, no entanto, não farão a retirada das vestes dos mortos na operação.
O MPRJ apura a operação no Jacarezinho através de um Procedimento Investigatório Criminal, conduzido por uma Força-Tarefa, seguindo a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
Relembre o caso
A operação no Jacarezinho, que aconteceu em maio, teve o objetivo de cumprir 21 mandados de prisão. Equipes de diferentes delegacias, com o apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), ficaram nove horas no Complexo do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio. A força-tarefa policial investigava o aliciamento de crianças e adolescentes para ações criminosas.
A ação terminou com 28 mortos, sendo um policial civil, André Leonardo de Mello Frias, e 27 suspeitos. A polícia afirmou que todos os suspeitos foram mortos em confronto e que tinham envolvimento com o crime. Já parentes e moradores relatam que houve execuções.
Os 27 mortos na operação considerada a mais letal da história do Rio foram atingidos por 73 disparos. Quatro deles foram baleados pelas costas, sendo um deles atingido à curta distância.
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