Secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, em entrevistaFÁBIO COSTA/AGÊNCIA O DIA
Rio tem queda de casos, internações e atendimentos na rede, aponta boletim da covid-19
Apesar da predominância da Delta, que representa 96% das variantes monitoradas, diminuição nos índices gerais de covid-19 mostra efeito positivo da vacinação, diz Secretaria Municipal da Saúde
Rio - O 36º Boletim Epidemiológico da Covid-19 no Rio, apresentado nesta sexta-feira (10) pela Secretaria Municipal de Saúde, apresentou queda na maioria dos índices da doença na cidade. O número de casos confirmados, atendimentos nas redes de urgência e emergência e óbitos caíram, apesar da transmissibilidade da Delta, que representa 95,8% das variantes monitoradas na cidade. Para a Secretaria Municipal de Saúde, a queda nos gráficos é resultado da vacinação. A capital tem 97,5% da população adulta com pelo menos a primeira dose, ou dose única.
Na semana 32, no dia 13 de agosto, o Rio registrou aproximadamente 12 mil casos confirmados. Na semana passada (35), dia 3 de setembro, a cidade teve cerca de 6 mil, menos da metade em relação ao período anterior. As internações por covid-19 tiveram redução de 26% entre a semana passada e duas semanas anteriores. E o número de atendimentos nas redes de urgência e emergência também tiveram queda importante.
"O que nós temos nos últimos dias é uma redução desses atendimentos. A gente já tinha destacado isso na semana passada, e a redução continua, mostrando estabilidade na tendência de queda nesses atendimentos. E isso se confirma nas internações. A gente teve uma redução de 26% em relação à semana passada (488 internações) e às duas anteriores (660)", explicou o superintendente de Vigilância em Saúde, Márcio Garcia.
As quedas aparecem apesar da predominância da variante Delta, que representou, em agosto, 95,8% de todas as análises coletadas pela Secretaria Municipal de Sáude. "De todas as identificações de novas variantes, quase 96% são da Delta, e 4% são da Alfa. Temos 1.384 casos no município do Rio, sendo 1.135 de moradores", detalhou Garcia.
A predominância da Delta não tem consequência na letalidade. Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, a redução na taxa de mortes é fruto da vacinação.
"Quando a gente olha a relação entre número de casos identificados de variante Delta e óbitos, a gente tem uma taxa de letalidade muito menor do que a gente tinha anteriormente. A gente tem muitos mais casos leves e isso pode ser, provavelmente é, efeito da vacinação. A gente vê uma taxa de letalidade muito menor", disse Soranz.
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