Padre Omar Raposo foi impedido de acessar o Cristo Redentor para realizar um batizadoEstefan Radovicz / Agencia O Dia

Rio - A direção jurídica da Arquidiocese do Rio de Janeiro foi à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), na manhã desta segunda-feira (13), registrar crime de intolerância religiosa após o padre Omar Raposo, reitor do Santuário Cristo Redentor, ser impedido de acessar o alto do Corcovado, no último sábado (11). O padre iria realizar um batizado na capela localizada sob os pés do monumento, mas foi barrado por seguranças do Parque Nacional da Tijuca na guarita de acesso, na Estrada das Paineiras. Além do padre Omar, a criança que seria batizada e os familiares também não foram autorizados a subir. 
Devido ao ocorrido, a Arquidiocese do Rio emitiu uma nota de repúdio contra o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra o Parque Nacional da Tijuca, e classificou a situação como constrangedora.
Segundo os religiosos, o ICMBio estaria cometendo atos hostis contra o Santuário Cristo Redentor de maneira recorrente, e o episódio deste sábado não foi um caso isolado.
No documento, a Arquidiocese do Rio conta que no último dia 3, convidados não puderam chegar ao templo para realizar uma celebração litúrgica. Na ocasião, o Parque Nacional da Tijuca teria vetado, inclusive, a distribuição de água aos populares.
Segundo a Arquidiocese do Rio de Janeiro, o ICMBio é uma autarquia em regime especial, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, contra a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Procurado pelo DIA, o ICMBio ainda não se posicionou sobre o registro da ocorrência.