Homem e cavalo foram mortos em ataque da milícia de ZinhoDivulgação
O homicídio aconteceu na frente dos moradores da região, que andam assustados há uma semana, desde que a guerra eclodiu entre dois grupos de milícias da Baixada e da Zona Oeste. Horas depois do crime, por volta das 22h, moradores voltaram a ficar no meio da guerra entre milícias.
Em um vídeo gravado por moradores do bairro Lagoinha, em Nova Iguaçu, é possível ouvir um intenso tiroteio. Os milicianos liderados por Zinho estariam revidando ataques sofridos recentemente na Zona Oeste.
Os caras do Zinho tão bakeando lagoinha em Nova Iguaçu, na localidade do Elmo Braga. pic.twitter.com/gLX0XBPwDv
— Favela Caiu no Face (@favelacaiunofa1) September 21, 2021
OTT-RJ INFORMA:
— Onde Tem Tiroteio-RJ (@RJ_OTT) September 21, 2021
20/09 - 22h08
Tiros em Nova Iguaçu, Lagoinha, localidade Elmo Braga. Atenção na região. #OTTRJ
Reviravolta após a morte de Ecko
Desde a morte de Wellington da Silva Braga, o Ecko, em junho deste ano, durante uma operação da Polícia Civil, esperava-se que o miliciano Tandera assumisse o poder na Zona Oeste do Rio. No entanto, quem assumiu o poder foi o irmão de Ecko, Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho.
Com isso, o território passou a ficar dividido assim: o Bonde do Ecko continuou atuando em bairros da Zona Oeste, arrecadando cerca de R$ 10 milhões em extorsões e práticas de cobranças ilegais; já Tandera ficou com a Região Metropolitana, bairros de Nova Iguaçu, Seropédica e Itaguaí.
Tandera inicia série de ataques na Zona Oeste
Em reportagem publicada na última segunda-feira (20) pelo DIA, investigações da Polícia Civil apontaram que Tandera estaria tentando extorquir os motoristas das vans que circulam por Campo Grande, Santa Cruz e Sepetiba, obrigando-os a pagar para ele a taxa ilegal para conseguir trabalhar.
De acordo com a corporação, além dessa exploração representar uma expansão territorial, ela também renderia um lucro exorbitante, já que cada dono de van tem que pagar de R$ 500 a R$ 700 por semana para o grupo de Zinho.
Na ocasião, pelo menos sete vans que fazem transporte alternativo de passageiros foram incendiadas na manhã do dia 16, em Campo Grande, Santa Cruz e Paciência, bairros da Zona Oeste. A Polícia Militar confirmou duas mortes decorrentes do confronto.
Além dos ataques às vans, a Zona Oeste registrou uma sequência de homicídios, todos suspeitos de envolvimento com a milícia. O primeiro atentado aconteceu no início da madrugada do dia 16. Logo depois da meia noite, quatro ocupantes de um Vectra cinza fecharam uma van da linha Pedra x Campo Grande, quando ela descia o viaduto próximo da Delírio da Zona Oeste.
A 35ª DP (Campo Grande) apurou que um dos criminosos desceu do carro armado com uma pistola para abordar o motorista, entrou no coletivo e ordenou que ele seguisse o Vectra.
Na Rua Almerindo de Castro, os bandidos, que seriam ligados a Tandera, mandaram o motorista descer e sair sem olhar para trás, e, em seguida, incendiaram a van. Todos estavam vestidos de preto, encapuzados e armados, de acordo com a polícia.
Os outros crimes aconteceram já durante a manhã. Por volta das 9h, no ponto final das vans, na Rua Toledo, na localidade do Campinho, cinco homens usando roupas pretas e portando fuzis chegaram em um veículo Ônix branco.
Eles teriam chegado gritando para os motoristas e cobradores não fugirem e ainda deram tiros para o alto.
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