Carlos BolsonaroAFP
Ex-assessores do gabinete de Carlos Bolsonaro têm sigilos telefônicos quebrados
A quebra permite que os investigadores tenham acesso aos dados armazenados nos celulares dos 11 ex-assessores no período de 2005 a 2019
Rio - O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), através do juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada, autorizou a quebra dos sigilos telefônicos de 11 ex-funcionários do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). O período refere-se de 2005 a 2019. As informações são da jornalista Juliana Dal Piva.
A quebra permite que os investigadores tenham acesso aos dados armazenados nos celulares dos 11 ex-assessores. Histórico de chamadas telefônicas realizadas e recebidas, dados de conexão wi-fi e cadastrais, localização dos aparelhos telefônicos e antenas utilizadas serão algumas das informações que serão compartilhadas com a investigação.
André e Andrea Valle, irmãos de Ana Cristina Siqueira Valle (ex-esposa do presidente Jair Bolsonaro); Marta Valle e Gilmar Marques, cunhada e ex-cunhado de Ana Cristina; Guilherme Henrique de Siqueira Hudson, primo de Ana Cristina, e sua esposa Ananda Hudson; e Monique Hudson, cunhada de Guilherme de Siqueira Hudson. O vereador Carlos Bolsonaro, bem como Ana Siqueira Valle, não tiveram seus sigilos telefônicos quebrados.
O parecer tem como base um pedido realizado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). Rubioli destaca, em sua decisão, que identificou "indícios rotundos de atividade criminosa em regime organizado". Já Carlos, ainda segundo o juiz, é "citado diretamente como o chefe da organização".