Carnes e celulares foram encontrados na cela do 'Faraó dos Bitcoins'Foto: Divulgação / Seap

Rio - Agentes penitenciários encontraram, nesta terça-feira, quatro celulares, peças de picanha e linguiça na cela de Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como o "Faraó dos Bitcoins", e de Tunay Pereira Lima, que também estaria envolvido no esquema milionário. Os dois serão transferidos da Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó, para a Penitenciária de segurança máxima Laércio da Costa Pellegrino, conhecida como Bangu 1, até que as apurações da Corregedoria sejam finalizadas. 
A Superintendência de Inteligência (SISPEN) da Seap recebeu informações de que os dois estariam com materiais proibidos dentro do sistema. As peças e os aparelhos de telefone foram encaminhados para a 34ª DP (Bangu). O diretor, subdiretor e chefe de segurança serão exonerados e os servidores da unidade serão ouvidos nas investigações. 
As investigações da Polícia Federal apontaram que a G.A.S Consultoria e Tecnologia, empresa de Glaidson  recebeu depósitos, em situações distintas, de dois moradores de uma comunidade em Cabo Frio, na Região dos Lagos. Juntos, os valores somam R$ 1,7 milhão. Glaidson está preso desde o dia 25 do mês de agosto, sob a acusação de fraude, através do sistema de pirâmide financeira.
Glaidson Acácio dos Santos e mais 21 pessoas, incluindo sua mulher, a venezuelana Mirelis Yoseline Diaz Zerpa, que é considerada foragida, foram indiciados pela Polícia Federal por fraude no sistema financeiro nacional e organização criminosa.
Durante o curso das investigações, a PF instaurou inquérito para apurar a ligação do Faraó dos bitcoins com a milícia de Rio das Pedras e Muzema, na Zona Oeste. A polícia identificou um investimento milionário dos milicianos na G.A.S.