Glaidson Acácio dos SantosREPRODUÇÃO/TV GLOBO

Rio - Investigações da Polícia Federal apontaram que a G.A.S Consultoria e Tecnologia, empresa de Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como 'Faraó dos bitcoins', recebeu depósitos, em situações distintas, de dois moradores de uma comunidade em Cabo Frio, na Região dos Lagos. Juntos, os valores somam R$ 1,7 milhão. Glaidson está preso desde o dia 25 do mês de agosto, sob a acusação de fraude, através do sistema de pirâmide financeira. 
Segundo investigadores da PF, os depósitos foram feitos no dia 30 de junho, dois meses antes da operação que prendeu o mandatário da G.A.S. Um no valor de R$ 900 mil e outro de R$ 800 mil, ambos realizados por moradores da Favela do Lixo. 
De acordo com as investigações, a dupla não possui emprego fixo ou qualquer tipo de ocupação financeira que justifique os valores depositados na conta da G.A.S. A polícia tenta identificar quem financiou a operação. Os dois homens não tiveram suas identificações divulgadas. Há suspeita de que o dinheiro seja de traficantes. 
Indiciados
Glaidson Acácio dos Santos e mais 21 pessoas, incluindo sua mulher, a venezuelana Mirelis Yoseline Diaz Zerpa, que é considerada foragida, foram indiciados pela Polícia Federal por fraude no sistema financeiro nacional e organização criminosa.
Durante o curso das investigações, a PF instaurou inquérito para apurar a ligação do Faraó dos bitcoins com a milícia de Rio das Pedras e Muzema, na Zona Oeste. 
A polícia identificou um investimento milionário dos milicianos na G.A.S. 
Quem é o Faraó dos bitcoins
Em 2014, Glaidson Acácio dos Santos era conhecido por trabalhar como garçom em um restaurante de classe média na Orla Bardot, em Búzios, Região dos Lagos, recebendo pouco mais de R$ 800 de salário. De lá pra cá, em pouco mais de 7 anos, passou a ser conhecido como um dos homens mais ricos da Região dos Lagos ao movimentar, em contas de sua empresa, cerca de R$ 2 bilhões.
Para a polícia, o ex-garçom é responsável por um sistema de pirâmide financeira no mercado de criptomoeadas.  Gladison prometia 10% de lucro em investimentos para seus clientes.