Bruno Leonardo Vidal de Almeida foi morto na manhã desta sexta-feira enquanto ia para o trabalhoReginaldo Pimenta/ Agência O DIA

Rio - O irmão do frentista que foi morto na manhã desta sexta-feira durante operação da Polícia Militar no Morro do Urubu disse que a família agora quer saber de onde partiu o tiro que matou o Bruno Leonardo Vidal de Almeida. A vítima, de 39 anos, deixa três filhos. Bruno foi morto na Rua Álvaro Silva,em Tomás Coelho, a caminho do trabalho, um posto de gasolina na Avenida Brasil, no Caju. Outras duas pessoas ficaram feridas durante a ação, entre elas, um policial militar que foi baleado no pé.
"Era um cara muito alegre, responsável. Os filhos apaixonados por ele. Isso tem que ser apurado, ele estava saindo pra trabalhar. Sempre foi correr atrás do sonho dele e infelizmente a gente não quer só punir um ou outro não. Agora, quem foi o culpado tem que ser punido", disse emocionado Valter Luiz Vidal.
O irmão cobrou que seja realizada uma perícia para identificar de onde foi disparado o tiro que matou Bruno. "Onde ele foi morto tem que ter uma perícia para ver da onde veio esse tiro. O cara saindo pra trabalhar acontecer um negócio desse, não é normal", lamentou. A Polícia Civil realizou perícia no local no fim da manhã desta sexta-feira e o corpo foi retirado do local para o IML.
Além de Bruno, duas pessoas ficaram feridas: um PM, baleado no pé, e um suspeito que trocava tiros com os militares. A ação aconteceu logo no primeiro dia de uma ocupação policial no local, para combater o roubo de veículos.
Leonardo Cunha, um amigo de Bruno disse que conseguiu a vaga para ele trabalhar como frentista há cerca de dois meses e que ele sempre chegava cedo, mas que na manhã de hoje, a equipe estranhou o atraso. Ainda segundo o amigo, Bruno ficou desempregado durante a pandemia e já trabalhou como motorista de aplicativo antes de conseguir um emprego no posto.
O tenente-coronel Ivan Blaz, porta-voz da PM, afirmou que o morador foi baleado no momento em que uma viatura da Polícia Militar foi atacada. O veículo estava baseado no condomínio dos Correios, localizado em uma rua que dá acesso ao morro. Os criminosos tentaram fugir pelo condomínio e atiraram contra os policiais da viatura. Os disparos que mataram o morador teriam partido dos criminosos, segundo a corporação.
Os tiroteios cessaram por volta das 7h, mas viaturas da polícia, inclusive o blindado, permanecem no local, e o clima ainda é tenso. A rua onde ocorreu o confronto foi preservada e aguarda perícia. Os policiais apreenderam uma pistola que estava em posse do suspeito baleado.
A ocupação no Morro do Urubu prossegue até o próximo dia 4 e tem como objetivo, segundo a PM, "impedir que criminosos roubem veículos nos bairros vizinhos, número que vem subindo".
*Colaborou Reginaldo Pimenta