Geral - Inauguraçao da nova sede do Museu do Pontal, na Barra da Tijuca, zona oestedo Rio. Na foto, prefeito do Rio, Eduardo Paes.Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia

Rio - O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), disse que pretende realizar o Carnaval de 2022 sem distanciamento social ou medidas de restrição de público. Durante uma agenda no Méier, na manhã deste domingo, 3, Paes também comentou sobre o retorno à normalidade com a vacinação contra o coronavírus.
"A única certeza que a gente tem é que estamos vacinando todo mundo, e com todo mundo vacinado, a vida volta ao normal. Quem vai ficar fazendo distanciamento no Carnaval? Fica até ridículo, pedindo um metro de distância. Se tivesse, eu seria o primeiro a desrespeitar", brincou o prefeito. Ele acrescentou: "Não vamos ficar também viúvas da pandemia, querendo que se tenha pandemia o resto da vida. A ciência avançou, venceu, e permitiu que se abra. Então vamos abrir, graças a Deus", afirmou Paes em informação publicada pelo jornal O Globo.
Em nota, a Prefeitura do Rio informou que "trabalha para que tanto o Réveillon quanto o Carnaval ocorram em sua plenitude sem a necessidade de qualquer medida restritiva. Mas somente será possível realizá-los desta maneira com a população vacinada e a pandemia de covid-19 controlada".
Taxas de transmissão
Na última sexta-feira, 1º, o secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, esclareceu que a decisão final sobre a confirmação de Carnaval no próximo ano vai depender das taxas de transmissão no final de 2021. A declaração do responsável pela pasta foi durante uma audiência pública na Comissão Especial do Carnaval da Câmara de Vereadores Municipal do Rio. 
Mesmo com a redução do número de internações e avanço da vacinação na cidade do Rio, Soranz afirmou que a realização do Carnaval 2022 dependerá da estimativa de que, até o final de novembro, todas as principais restrições impostas por conta da pandemia de covid-19 deixem de valer na cidade.
"Acreditamos que, até o final do mês de novembro, possamos derrubar praticamente todas as principais restrições na cidade do Rio de Janeiro. Mas, se tivermos uma taxa de transmissão alta, por si só, já não dá para fazer Carnaval", explicou o secretário.
Soranz, garantiu que, apesar de orientar os órgãos públicos municipais para a realização tanto do Réveillon deste ano, assim como do Carnaval 2022, a pasta acompanha os números de perto e que os eventos só irão ocorrer se a taxa de transmissão estiver em baixa.
"A recomendação da Secretaria de Saúde a todos os órgãos da prefeitura é que se programem, sim, para fazer Réveillon espetacular, o maior Carnaval da nossa história no ano que vem, mas é claro que a gente vai acompanhar os números muito de perto. É claro que a gente precisa ter uma taxa de transmissão baixa, uma capacidade de atender pessoas, caso tenha aumento do número de casos", afirmou.
O secretário acrescentou ainda que a expectativa é ter mais de 90% da população adulta carioca com o esquema vacinal completo em novembro. "A expectativa é ter mais de 90% da população adulta carioca vacinada com a segunda dose até meados do mês de novembro. A gente acredita que até dezembro vamos ter um panorama epidemiológico muito diferente, se não tiver uma nova variante (...) Mas é uma doença nova, tem outras variáveis que podem interferir no processo, e é preciso cautela", completou Soranz.