José Carlos dos Prazeres Silva, o Piranha, teria sido executado no Complexo da Penha, no dia 9 de outubro Divulgação

Rio - A Polícia Civil investiga se a cúpula da facção Comando Vermelho (CV) decidiu pela morte do traficante José Carlos dos Prazeres Silva, o Piranha, da comunidade do Castelar, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Ele era um dos suspeitos de envolvimento no desaparecimento dos três meninos, em dezembro, e a sua execução teria sido motivada por isso.
Piranha teria sido, pelo menos, o quarto traficante do Castelar a ser condenado a morte no tribunal do tráfico do CV, só por conta do desaparecimento das crianças.
De acordo com informações policiais, a cúpula da facção estaria fazendo uma espécie de inquisição para descobrir quem foram os responsáveis pelo desaparecimento e morte de Lucas Matheus, de 9 anos, Alexandre Silva, de 11, e Fernando Henrique, de 12.
A corporação apura se os líderes do CV em liberdade, Edgard Alves de Andrade, o Doca, e Wilton Carlos Quintanilha, o Abelha, e outros integrantes da cúpula que estão presos, ordenaram que Piranha fosse até o Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, para prestar esclarecimentos sobre o caso.
Após uma longa sessão de tortura, assistida por Doca e Abelha, Piranha teria sido morto por volta das 16h deste sábado.
O primeiro criminoso do Castelar a ser morto por ordem da cúpula, teria sido Wiler Castro da Silva, conhecido como Stala, de 35 anos. Ele também era gerente do tráfico na comunidade de Belford Roxo e investigado pelo desaparecimento dos meninos.
Outros dois envolvidos com a criminalidade no Castelar que foram condenados a morte no tribunal do CV, foram Farol e Tia Paula. Todos foram executados no Complexo da Penha após serem torturados.
Segundo a polícia, as agressões seriam uma tentativa da cúpula em fazer com que os suspeitos contassem quem foram todos os envolvidos no crime bárbaro contra os três meninos. Acredita-se que mais traficantes também já tenham sido assassinados. Entretanto, até o momento, nenhum corpo foi encontrado.