Espaços como cinemas e teatros estão liberados, mas deverão ainda obrigar o uso de máscarasFoto: Divulgação.

Rio - A lotação máxima em cinemas, museus, teatros, shoppings e outros locais de ambientes fechados foi liberada pela Prefeitura do Rio. Em publicação no Diário Oficial do município, o prefeito Eduardo Paes alterou o decreto que limitava a 70% da capacidade nesses espaços. Agora, as atividdes poderão ser retomadas em 100% da capacidade de público, sem necessidade de distanciamento. O uso de máscaras, no entanto, segue obrigatório.
O decreto liberou a capacidade total nos seguintes espaços:
- shopping centers, centros comerciais e galerias de lojas;
- museu, biblioteca, cinema, teatro, casa de festa, salão de jogos, circo, recreação infantil, parque de diversões, temáticos e aquáticos, pista de patinação, entretenimento, visitações turísticas, aquários e jardim zoológico;
- atividades em casas de espetáculo e concerto, apresentações artísticas em espaços de evento, drive-in, feiras e congressos, exposição
Academias de ginástica e estádios, além de bares, restaurantes e lanchonetes ainda não entram na lista de liberados por estarem em outro artigo do decreto.
Em todos os espaços, abertos ou fechados, todos os cariocas devem manter o uso de máscaras. Em alguns espaços fechados, como museus, teatros e cinemas, a apresentação do comprovante de vacinação é obrigatória para entrar.
Para o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo, a flexibilização das medidas restritivas são condizentes com os índices de covid-19 na cidade. Com o avanço da cobertura vacinal, os riscos passam a ser mais individuais do que coletivos. 
"A gente já está numa fase de flexibilização. Os índices estão muito bons. É claro que existe um risco. Mas, não se justifica mais ter todas as medidas restritivas. Ainda assim, cada um tem que se cuidar e usar máscaras de boa qualidade. As pessoas mais frágeis ainda devem evitar aglomerações em ambientes fechados", afirmou o médico. 
Já o epidemiologista da Fiocruz Diego Xavier considera arriscado realizar sucessivas medidas de relaxamentos sem antes observar seus efeitos na Sáude Pública. Ele observa que a liberação de lotação em ambientes fechados deveria vir depois da liberação do uso de máscaras em ambientes abertos, que têm menos risco de contágio de covid-19.
"Falta um pouco de critério nesses relaxamentos. O que a gente sabe até agora é que existem situações de risco para a transmissão da covid-19. São exatamente espaços fechados, sem circulação de ar, como cinema e teatro. Vemos a liberação desse tipo de espaço, e não vemos liberação do uso da máscara em parque. Há uma confusão de critérios. Talvez por pressão de setores econômicos", avalia o especialista em Saúde Pública e Epidemiologia da Fiocruz.
Soranz prevê fim da obrigatoriedade de máscaras
Dados oficiais do Painel Rio Covid, da prefeitura, apontam que a capital já atingiu 61% da população adulta vacinada com as duas doses ou com a dose única da vacina contra o coronavírus. Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, a expectativa é que esse número chegue a 65% até terça-feira da semana que vem e a partir daí, seja possível acabar com a obrigatoriedade do uso das máscaras faciais em locais abertos.
"É a segunda etapa do nosso processo de reabertura, quando a gente vai poder liberar uso de máscara em locais abertos. É importante a gente ter cautela, que a gente vá com segurança, acompanhando sempre, muito de perto, os números", disse o secretário em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, nesta segunda-feira (18).
Soranz explicou que as máscaras passarão a ser optativas e que os cariocas que decidirem continuar utilizando a proteção, não precisam deixar de usar. A medida não valerá para locais fechados. Segundo o secretário, esta é a oitava semana de queda nos números de casos de covid-19. Além disso, dados do portal de monitoramento da prefeitura também mostram que a capital tem o menor índice de internação pela doença desde o início da pandemia, com menos de mil hospitalizações em outubro.
A dose de reforço para idosos de 67 anos foi suspensa nesta segunda-feira por falta de doses. Segundo Soranz, o Ministério da Saúde enviou 300 mil doses a menos do que a capital previa para continuar com a campanha de reforço dos idosos. O secretário explicou que a previsão é que novas doses cheguem na quarta-feira (20) e a vacinação seja retomada na quinta (21).
"A previsão é chegar nessa quarta-feira para na quinta a gente já retomar a vacinação da dose de reforço no grupo de 67 anos ou mais", disse o secretário.