Conflito vem se arrastando desde 2012 e piorou nos últimos anos, segundo o Ministério Público FederalMarcelo Camargo/Agência Brasil

Rio - O ensino de história dos povos indígenas deverá ser abordado nas escolas públicas e privadas de ensino fundamental e médio de todo o estado do Rio. A determinação é do Projeto de Lei 3.120/20, de autoria do deputado Carlos Minc (PSB), que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, em discussão única, nesta quarta-feira.
Os conteúdos terão que ser ministrados, sobretudo, nas áreas de educação artística, literatura e história brasileira.
A medida segue para a sanção ou veto do governador Cláudio Castro. A proposta complementa a Lei 4.528/05, que instituiu diretrizes para o Sistema de Ensino do Estado do Rio de Janeiro. A norma já obrigava o ensino de história e cultura afro-brasileira. O objetivo é resgatar a participação desses povos na formação da sociedade nacional nas áreas social, econômica e política.
Segundo o novo texto, os conteúdos programáticos referentes a estes temas poderão ser ofertados também por meio de aulas de campo, realizadas com visitas a museus, centros e monumentos históricos e afins. A medida determina que os Conselhos Estaduais de Educação e dos Direitos do Negro participem da regulamentação da medida.
"Motivados pela busca de uma sociedade mais justa e igualitária, é necessário aperfeiçoar a democracia e a cidadania, reduzindo preconceitos e intolerâncias, e resistindo a retrocessos e à atrofia nas mais variadas áreas da nossa sociedade. A Educação é direito de todos e dever do Estado e da família, devendo ser promovida, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa e seu preparo para o exercício da cidadania", justificou Carlos Minc.