afirmou que a capital fluminense registrou a menor taxa de transmissão da covid-19, cerca de 0,69%, desde o início da pandemia.Marcos Porto/Agência O Dia
"Se a gente tiver 90% da população adulta vacinada certamente a gente alcança uma cobertura bastante alta que permite que a gente não tenha mais medidas restritivas no Rio. Vários países já voltaram a normalidade. A expectativa é que a gente possa voltar a ter um Réveillon incrível, de muita esperança e com o jeito carioca de ser. Mas é necessário que a população se vacine", disse o secretário à rádio Tupi.
Soranz ainda afirmou que a capital fluminense registrou a menor taxa de transmissão da covid-19, cerca de 0,69%, desde o início da pandemia.
"O cenário epidemiológico para covid no Rio é muito positivo, há uma redução franca de número de casos há 8 semanas, redução de internação no menor nível que já tivemos. A gente só vai manter se estiver vacinando, precisamos das doses que estão no estoque do Ministério da Saúde".
Um relatório, divulgado na semana passada (11), assinado por especialistas da Fiocruz e da UFRJ indica que, para o Carnaval 2022 acontecer de forma segura, 80% da população do Brasil, do Estado e da cidade do Rio de Janeiro deve estar completamente vacinada contra a covid-19. Além deste critério, o documento aponta mais quatro indicadores mínimos, entre eles estão a baixa taxa de contágio, a disponibilidade de leitos e enfermarias e a testagem para os trabalhadores do carnaval.
"Para além desses indicadores a sociedade deve discutir qual o risco que ela deseja assumir com a realização do evento. Essa discussão transcende em muito os dados quantitativos oferecidos pelos indicadores. Ela é essencialmente ética. A decisão de realizar o carnaval de forma segura implica em diversos benefícios que se estendem não apenas para a economia, mas também para a saúde mental da população, que por vários meses manteve-se confinada. Por outro lado, há grande incerteza sobre os riscos inerentes ao evento", afirmam os especialistas no relatório.
O documento foi assinado pelo ex-diretor da Escola Nacional de Saúde Pública e pesquisador titular da Fiocruz, Hermano Castro, e o Professor titular de Epidemiologia da Faculdade de Medicina da UFRJ, Roberto medronho, e entregue à Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS) após a audiência pública "Vai ter Carnaval em 2022?", realizada na Câmara Municipal do Rio no dia 1º de outubro. A audiência foi conduzida pelo vereador Tarcísio Motta (PSOL), presidente da Comissão Especial do Carnaval da Câmara.
O vereador afirmou na audiência que as recomendações serão encaminhadas para análise do Comitê Científico, que auxilia a Prefeitura do Rio a tomar decisões referentes à covid-19 no município. "Cobraremos para que a Prefeitura possa tornar pública quais são essas condições, critérios e protocolos para confirmar a realização do carnaval e garantir a segurança da cidade antes, durante e depois do carnaval de 2022".
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