Moradores, ativistas do Movimento Mulheres de Santa e figuras públicas fizeram um ato em memória à Marielle Franco, neste sábado, no Largo dos Guimarães, em Santa TeresaReprodução/ Redes Sociais
Na visita anterior, o político bolsonarista foi vaiado e 'expulso' da região enquanto acompanhava o governador Cláudio Castro na inauguração do programa Bairro Seguro do local. "Mais uma vez dizer que fascistas, milicianos e parlamentares bolsonaristas não são bem-vindos ao bairro, que tem histórico de resistência e de luta pela preservação da sua história e contra projetos autoritários. A manifestação foi organizada após a expulsão do deputado, que durante a campanha de 2018 rasgou a placa em homenagem a Marielle, durante um evento de Segurança Pública no dia 16. Ao ser expuslo as gritos de "miliciano" e "assassino", o parlamentar reagiu chamando as pessoas de "maconheiras e militantes", disse Mônica Francisco, deputada estadual e vice-líder do PSOL.
Ato "Santa Teresa ama Marielle", hoje, 23 de outubro, em memória de nossa querida companheira e em repúdio à visita do deputado fascista responsável pela quebra da placa de Marielle e que, com toda a certeza, era direto para a lata do lixo de nossa história. NÃO PASSARÃO! pic.twitter.com/7bifp2moaW
— PSOL Carioca (@PsolCarioca50) October 23, 2021
Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o momento em que Amorim é hostilizado na rua no sábado (16). Nas imagens, o deputado discute com pessoas que o mandam embora do local, aos gritos de "fora daqui", "vai embora" e de "assassino". O vídeo ainda mostra policiais militares tentando impedir que os manifestantes se aproximem do deputado. Confira as imagens:
Sabem quem é esse homem? É o deputado Rodrigo Amorim/RJ. É ele quem aparece quebrando a placa em homenagem a Marielle Franco em 2018. Foi chutado do bairro Santa Teresa, na capital/RJ. Grande Dia#MarielleVive pic.twitter.com/pS5dvNHoXC
— Hélio Ricardo (@helioricardorio) October 17, 2021
O protesto deste sábado ganhou ainda mais força depois que o mesmo deputado apresentou ao Governo do Rio um projeto de criação de uma casa de acolhimento à mulher em situação de vulnerabilidade na Vila Mimosa, no Centro do Rio durante a semana. No texto, Amorim solicita que o local, conhecido por ser uma área de prostituição na Zona Norte do Rio, receba o nome de Marielle. O pedido não foi bem recebido por pessoas envolvidas na manutenção da memória da vereadora assassinada. Para eles, a iniciativa tem caráter duvidoso.
Em resposta ao DIA, o deputado rebateu as críticas. "É impressionante como todos preferem focar numa suposta provocação da minha parte do que em cogitar uma casa de acolhida em um local em que há profunda violação de direitos humanos básicos, sob a tutela de um partido político de esquerda. Deem outro nome então, se for o caso. Mas há outro nome de pessoa falecida, associada à defesa dos excluídos? Deem esse nome. Esqueçam Marielle. Quanto à placa, não quebrei, apenas retirei do local onde estava sem autorização e sem lei. Eu restaurei a ordem!".
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