Pianista Nelson FreireReprodução/Facebook
Nelson Freire terá velório aberto ao público no Theatro Municipal do Rio
Causa da morte do pianista ainda é desconhecida
Rio - O pianista Nelson Freire, que morreu na madrugada desta segunda-feira ao 77 anos, terá uma despedida à sua altura. O corpo dele será velado nesta terça (2) das 11h às 16h no Theatro Municipal do Rio e poderá ter a presença de público. Nelson morreu em casa, no bairro da Joatinga, na Zona Oeste da cidade. A causa da morte ainda é desconhecida.
Freire sofreu um acidente durante uma caminhada no Rio de Janeiro em 2019 e passou por cirurgias no ombro. Seu retorno aos palcos estava previsto para o ano passado, mas os recitais foram cancelados por conta da pandemia da covid-19. Há dois meses, ele cancelou sua participação como jurado do Concurso Chopin de Varsóvia.
Talento revelado na infância
Nascido em 1944, na cidade de Boa Esperança, em Minas Gerais, Nelson Freire demonstrou seu talento com o piano precocemente. Afinal, aos 3 anos de idade, ele já tocava o instrumento e impressionava familiares.
Depois, sua família saiu da cidade mineira e foi para o Rio de Janeiro. Lá, Freire passou a receber orientação das pianistas Nise Obino e Lúcia Branco. Deu certo: aos 12 anos, se tornou um dos vencedores do Concurso Internacional de Piano do Rio de Janeiro.
Com isso, nunca mais se afastou do piano e apresentou uma carreira meteórica. Aos 19 anos, conquistou o primeiro lugar no Concurso Internacional Vianna da Motta, em Lisboa. Já aos 24 anos, estreou com a Orquestra Filarmônica de Nova York.
A revista Time, após apresentação nos Estados Unidos, o chamou de "um dos maiores pianistas desta ou de qualquer outra geração".
Freire, então, conseguiu conquistar sucesso nacional e internacional. Já tocou em mais de 70 países e foi o único brasileiro a ser incluído na Great pianists of the 20th century, coletânea de 100 volumes com gravações de 72 pianistas lançada mundialmente.
Também trabalhou com prestigiados regentes, como André Previn, Rudolf Kempe, Pierre Boulez, Kurt Masur e Lorin Maazel.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.