Chefe da quadrilha Eduardo Costa Pereira, o Frango, foi preso em NiteróiMarco Porto

O esquema de fraudes bancárias com cheques furtados e cartões clonados, investigado pela Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), contava com o apoio de agentes de segurança pública. Dois PMs e um policial civil estavam entre os 15 alvos da Operação Veritas, deflagrada nesta quinta-feira. Pelo menos nove pessoas foram presas, entre elas o líder da quadrilha.


Segundo a especializada, o sargento Fábio Bittencourt Pinto, conhecido no grupo como Bitenc, o capitão Marcelo Baptista Ferreira, e o policial civil Pietro Conti Rodrigues, usavam de suas funções públicas para facilitar a prática dos crimes por parte de seus comparsas.

Desses, até as 11h, apenas Bitenc havia sido preso. Ele foi capturado na Praça Seca, Zona Oeste do Rio. As investigações apontaram que sua a função na organização criminosa era, especificamente, de realizar consultas no sistema e assim identificar vítimas com alto potencial financeiro a permitir maior sucesso nas fraudes.

Em uma conversa no WhatsApp com chefe da quadrilha Eduardo Costa Pereira, o Frango, interceptada pela Dcoc com a autorização da Justiça, o sargento afirma ser amigo de Eduardo e responsável pelo recolhe do dinheiro.

Para os investigadores, além de exercer a função de batedor e escolta no recolhimento do dinheiro, Bitenc também participava diretamente das fraudes bancárias. Segundo a polícia, nos diálogos é possível identificar diálogos seus envolvendo a análise de dados, senhas de segurança bancária, para sua provável burla e consecução das fraudes.

Ainda de acordo com a especializada, o capitão Baptista, que ainda encontra-se foragido, atuava de forma semelhante ao seu colega de farda. Para os agentes não há dúvidas quanto ao envolvimento do oficial, que também era subordinado à Frango, na organização criminosa. A Dcoc definiu que o capitão tinha a função específica de verificar e analisar dados e possivelmente burlar sistemas de segurança bancária virtual, além de fazer a escolta armada das vultosas quantias obtidas pelo grupo, prevalecendo-se de sua condição de Oficial da Policial Militar.

Já o policial civil Pietro Conti foi apontado como responsável por fazer consultas aos sistemas da corporação, para análise de dados bancários de pessoas mortas, o que, no contexto investigado, pode ter sido a realizado a serviço da organização criminosa investigada.

Através da quebra de dados de sigilo telemático, a Dcoc observou que Pietro solicitou a Eduardo os CPF’s dos mortos e na mesma ocasião pediu o contato do gerentes de bancos, que também integravam a quadrilha.

O inspetor da Polícia Civil também segue foragido.