Rio de Janeiro - 09/11/2021 - RIO DE JANEIRO - EDUCACAO - Escola Municipal Wan-Tuyl da Silva Cardoso, vem sofrendo com furtos constantes por conto do muro baixo , deixando estudantes no escuro e sem merenda em Padre Miguel Foto : Fabio Costa/ Agencia O DiaFabio Costa

Rio - Na tentativa de conter os constantes furtos - na última semana foram dois ataques num intervalo de três dias - a direção da Escola Municipal Professor Wan-tuyl da Silva Cardoso, em Padre Miguel, na Zona Oeste, instalou sensores de barreira e alarme na unidade. Como o DIA Online mostrou nesta terça-feira, criminosos invadiram o local e levaram TVs de LCD, projetor de imagem, notebooks, uma bomba para o abastecimento de água e cabos de fiação elétrica. 
A reportagem confirmou três registros de ocorrência na 34ª DP (Bangu), nos dias 22 de outubro e 3 e 5 deste mês. Segundo a Secretaria municipal de Educação (SME), há um total de cinco queixas de furto à escola relatadas à delegacia, que investiga o caso. 
 "A diretora nos disse que instalou os alarmes e que, se invadirem, vai tocar um alerta diretamente no celular de cinco funcionários da escola", diz Luciana Fernandes, de 31 anos, mãe de um aluno do 4º ano.
Como consequência dos últimos furtos, a escola ficou sem energia elétrica na cozinha e sem água, o que impossibilitou o preparo das refeições. Nesta segunda e terça-feira, os alunos ficaram sem almoço e sem janta e foram liberados mais cedo. De acordo com a SME, a situação foi normalizada nesta quarta-feira. 
"A secretaria informa que não houve prejuízo pedagógico aos estudantes no período em que o horário esteve reduzido e que, a partir desta quarta-feira (10/11), os alunos serão atendidos em seu horário integral, com cardápio completo do Programa Nacional de Alimentação Escolar", diz a nota enviada pela SME.
Ainda de acordo com a nota, enviada nesta quarta-feira pela SME, os sensores de barreira e alarme foram instalados na última sexta. Além disso, a pasta informou que 'será avaliada a necessidade de construção de novo muro'. 
Mães de alunos ouvidas pela reportagem afirmam que a altura baixa do muro é o que possibilita às invasões à escola. "Até uma criança pula o muro da escola. Entram lá e fazem de tudo. Já encontraram até preservativos na quadra de esportes".
Outro problema apontado são os buracos no telhado. Quando chove forte, os responsáveis pelos alunos precisam ligar para saber se haverá aula ou não. "Uma vez eu fui na escola para uma reunião e vi que a sala de aula do meu filho estava toda alagada", lembra Luciana. 
Segundo a SME, existe uma obra suspensa, da gestão anterior, para recuperação do telhado e pintura. A secretaria acrescenta que ela passa por procedimentos para rescisão e posterior recontratação pela atual gestão. "No entanto, o telhado vem sendo tratado pontualmente através dos recursos descentralizados pela direção da unidade", diz a nota da secretaria.